Os suspeitos usavam as aplicações Whatsapp e Telegram para trocar mensagens relativas a compra de armas e a planeamento de ataques aquando da realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, disse .
Cada um dos 10 suspeitos estava em um estado diferente. As prisões, segundo o Ministério da Justiça, ocorreram no Amazonas, no Ceará, na Paraíba, em Goiás, no Mato Grosso, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul, informou a assessoria do Ministério da Justiça.
“Hoje, culminou na primeira operação que teve como alvo uma suposta célula terrorista no Brasil. Foram presos 10 indivíduos”, disse Alexandre de Moraes na entrevista concedida na sede do Ministério da Justiça. Nem o ministro nem a Polícia Federal divulgaram os nomes dos suspeitos e para onde eles foram levados depois da prisão.
O ministro da Justiça afirmou, ainda na conferência de imprensa, que “os suspeitos presos nesta quinta-feira vinham sendo monitorados pela PF há alguns meses”. De acordo com Alexandre de Moraes, “os detidos comemoraram atentados terroristas recentes cometidos pelo mundo, como o de Paris, em Novembro de 2015, e os de Orlando (EUA) e Nice (França) este ano”.
Entretanto, o Centro Integrado Antiterrorismo (Ciant), com sede em Brasília, tem vindo a fazer o controle dos pedidos de credenciação para a Olimpíada. O Ciant descobriu que 40 pessoas estão com alertas por parte de várias entidades. A credenciação foi-lhes negada e estão sob vigilância dos serviços secretos internacionais. Os nomes, as nacionalidades e as acusações estão sob sigilo.
O Ciant, que controla todos os tipos de credenciação, descobriu ainda que 61 brasileiros, com mandado de prisão por crimes diversos, submeteram pedidos de credencial.
Na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, houve 350 mil pedidos de credenciais. Na Olimpíada de Londres, 450 mil. Já para Olimpíada do Rio, aproximadamente, 460 mil inspecções foram feitas, sendo que, deste total, o Ciant recomendou ao comité olímpico brasileiro que fossem negadas credenciais para quase 11 mil pessoas.
O Brasil enfrenta já profundas questões económicas e políticas quando se aproxima a abertura dos Jogos, a 5 de Agosto.