No dia 11 de novembro de 2004 morria, aos 75 anos, o líder histórico da Palestina, Yasser Arafat. 15 anos depois sua morte ainda é envolta em mistério e autoridades do Estado Palestino afirmam que ele foi envenenado pelos sionistas. Seja como for, Arafat foi um líder que inspirou, não só o seu povo, mas tornou visível o que uma poderosa cortina de silêncio tentava ocultar: o martírio palestino.
Foi marcante a fala de Yasser Arafat na ONU em 1974. Era a primeira vez que a voz palestina era ouvida neste importante espaço. Ao subir ao púlpito Arafat disse que trazia em uma das mãos uma arma e na outra mão um ramo de oliveira, “venho com a arma do combatente da liberdade em uma mão e um ramo de oliveira na outra. Não deixem que o ramo de oliveira caia de minha mão”, discursou Arafat, sendo muito aplaudido. Foi uma fala que colocou a questão Palestina no centro do debate internacional e comoveu milhões de homens e mulheres ao redor do mundo, com toda carga simbólica da resistência de um povo oprimido.
Desde jovem, no Cairo, Arafat participou, no movimento estudantil, das lutas pela libertação nacional da Palestina. Foi fundador da Fatah e sofreu, ao longo de sua vida, inúmeros atentados. Nesta segunda-feira (11), em todos os territórios palestinos a população fez manifestações recordando sua memória. As agências de notícias confirmam que pelo menos um jovem de 22 anos foi assassinado pelas forças israelenses durante um destes atos.
Para Walter Sorrentino, vice-presidente nacional do PCdoB e Secretário de Política e Relações Internacionais:
É triste constatar que a opressão continua tanto tempo depois da morte de Yasser Arafat, mas por outro lado é reconfortante saber que o principal legado de Arafat, o legado da coragem, seguirá impulsionando, até a vitória, a luta heroica do indômito povo palestino”.
por Wevergton Brito Lima, da Redação do i21/PV | Texto original em português do Brasil
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