Iniciam hoje, 29 de Maio, os debates que “preparam” os 20 anos da Festa da Diversidade.
Até à Festa propriamente dita (29 e 30 de Junho na Ribeira das Naus) várias associações albergam outras tantas conversas em seminários sobre as questões do racismo, imigração, direitos humanos, extrema-direita, etc.
Festa da diversidade
A festa da diversidade, mais do que um momento de celebração, é um esforço de conjugar a luta pela visibilidade da diversidade cultural do país com as lutas pela afirmação da igualdade e o combate contra o racismo, assim como todas as formas de discriminação associadas.
Por isso, já é habitual a programação da festa iniciar-se com debates temáticos, coorganizados por várias organizações e que abarcam muito do que é a agenda de luta contra o racismo para que esta continue a estar bem presente no debate político nacional.
Este ano, para além das habituais temáticas, o desporto também assume alguma centralidade.
Até à Festa propriamente dita (29 e 30 de Junho na Ribeira das Naus), várias associações albergam outras tantas conversas em seminários sobre as questões do racismo, imigração, direitos humanos, extrema-direita, etc.
Debates:
- 29/5, 18h – Populismo e Extrema Direita
Casa do Brasil/Coletivo Andorinha – Bairro Alto
Rua Luz Soriano, 42 - 30/5, 21h – Violência Policial
Com Calma – Benfica
R. República da Bolívia, 5 C - 5/6, 10 às 18h – Pensar o Racismo no desporto
Vikings Sports Club – ISCTE
Auditório B2.03 Ferreira de Almeida - 10/6, 16h – Recolha de Dados Étnico-raciais para quê?
CulturFace – Ameixoeira
R. Raúl de Carvalho, lote 5 e 6, Loja 1 e 2 - 8/6, 18h – Fim dos Despejos, Direito à Habitação
Sirigaita – espaço associativo – Intendente
R. dos Anjos 12F - 15/6, 15h – O Feminismo e a Mulher Negra
Batoto Yetu – Bº Alfinetes/Marvila
R. António Gedeão, nº 8, Cave Dtª, Loja Bloco B3
Populismo e Extrema Direita
O ciclo de debates que introduz as temáticas da 12ª Festa da Diversidade terá como eixo a discussão sobre populismos e a extrema-direita.
Com a ascensão de diversas figuras políticas que se apropriam do discurso nacionalista e xenofóbico a nível mundial para obter êxitos eleitorais, a relação entre populismo e extrema-direita volta a pautar o debate entre os estudiosos do assunto.
Enquanto a teoria política tenta defini-lo e concede bases analíticas de como reconhecê-lo, o populismo ainda é tratado como um vilão incompatível com as práticas democráticas.
A extrema-direita tem se utilizado dessa estratégia como método para fortalecer seu discurso, ancorada em um um projeto suposto de um “povo puro”, delimitado pelas fronteiras entre o “nacional” e o outro, em um constante ataque aos grupos marginalizados, selecionados como “inimigos comuns” do momento.
A partir de exemplos da América e da Europa, surgem questões.
O populismo é sempre de extrema-direita? A extrema-direita é necessariamente populista? O populismo é incompatível com a democracia? Como a extrema-direita se utiliza deste discurso? Como o discurso da extrema-direita alimenta a violência contra os grupos marginalizados?
A Casa do Brasil de Lisboa e o Coletivo Andorinha convidam a todos e todas para pensarmos juntos nestas questões.
Informação adicional
Politização da Imigração em Portugal e na Europa
Pensar o Racismo no Desporto
Festa da Diversidade
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