A longo prazo, o FOLIO (Festival Literário Internacional de Óbidos) pode transformar-se “num local importante de debate da literatura, onde se possa definir tendências da publicação”. Esta é a opinião do escritor José Eduardo Agualusa, um dos curadores do festival que levou mais de 30 mil visitantes à vila histórica, de 15 a 25 de Outubro.
Tendo em conta ter sido a primeira edição, o escritor considera que há ainda “pequenas coisas que se podem melhorar”, dando como exemplo a necessidade de se realizarem oficinas de aprendizagem. “Uma agente de música veio ter comigo e sugeriu vários cantores brasileiros bons, para fazer oficinas da canção. Acho que pode ser uma mais-valia, aproveitar o espaço de 10 dias para fazer coisas de maior fôlego e poder fidelizar o público”, afirmou.
Para o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, a aposta neste festival foi ganha, tendo em conta a repercussão que teve a nível nacional e internacional, em especial no Brasil, país onde se realiza a Festa Literária Internacional de Paraty, evento que inspirou os obidenses.
“Tendo em conta a experiência que temos da organização de muitos eventos realizados nos últimos 10 anos, o balanço que faço é extraordinariamente positivo”, referiu Humberto Marques.
Para José Pinho, proprietário das livrarias Ler Devagar, “esta primeira edição do FOLIO foi tudo o que pensávamos que ia ser: muitas sessões cheias a abarrotar”.
Há dois anos com estabelecimentos abertos em Óbidos, José Pinho acredita que as próximas edições do festival irão ser ainda melhores, tendo em conta a experiência acumulada na organização e o sucesso conseguido com o público.