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João de Sousa

Sábado, Dezembro 21, 2024

4 Desafios de um programa para um governo!

O futuro, tem de ser o da previsão política assertiva e da prevenção a ter com a nova organização social no seu todo das sociedades do futuro para o que urge ter como metas prioritárias pontos de referência transversais.Os partidos políticos são organizações de pessoas que buscam e implementam soluções políticas para as pessoas que coabitam num determinado território socialmente organizado em Estado.

Nesse âmbito, em Portugal, o Partido Socialista é um Partido de pessoas para as pessoas e que por isso está atento aos desafios que hoje se lhes colocam e para os quais procura soluções que está a modelar para seu Projeto de Programa de Governo.

Correu-lhe bem a solução de maioria parlamentar encontrada e que agora termina a Legislatura, as políticas de estabilidade, recuperação económica, recuperação do poder de compra das populações, entre muitas outras medidas, é certo.

Mas, já é passado… e o passado, é passado!

O futuro, tem de ser o da previsão política assertiva e da prevenção a ter com a nova organização social no seu todo das sociedades do futuro para o que urge ter como metas prioritárias pontos de referência transversais.

Porque uma sociedade globalizada com meios tecnológicos suficientes, mas que competirão no mercado de trabalho e dos serviços com os jovens de hoje que serão o futuro do amanhã, trarão um vasto leque de novos desafios.

Importa por isso que um Programa de Governo tenha presentes os quatro desafios elencados, mas onde, as políticas objetivas que respondam às aspirações da juventude não sejam descuradas assim como, fazer uma verdadeira reforma do ensino que catapulte novos desígnios nomeadamente:

  1. a solidariedade geracional;
  2. o voluntarismo social;
  3. o apego ético;

Da análise desses quatro desafios colhe o histórico para projeção da implicação atual no futuro próximo.

1- As alterações climáticas

Um processo que remonta à Revolução Agrária com a devastação da mancha florestal no Planeta e que a Revolução Industrial veio dar continuidade quiçá, intensificar, cujas medidas a tomar serão sempre medidas de resposta em emergência.

Perante a irreversibilidade do estado das coisas a grande maioria das medidas a tomar passa pela alteração de usos, hábitos e costumes das populações de forma a colmatar os impactos, reordenar a consciência, responsabilizar as sociedades, capacitar o agente político munindo-o da sensibilidade necessária para este dramático problema estrutural na organização social da Nação e do Estado.

2- A transição para uma Sociedade Digital

Um processo que tem o seu início na década de 70 depois de esgotadas as soluções de acumulação de riqueza liberta da manufatura e todas as suas implicações no sentido da modernização social em que acontece e culmina com o ACORDO 4.0 celebrado em 2011 na Alemanha entre a Comunidade Cientifica, o tecido empresarial e o Governo, como forma de dar resposta aos desafios sociais já presentes mas que serão incontornáveis e revolucionarão o futuro das sociedades modernas.

A transição do estádio social atual para um estádio social futuro em que os procedimentos de manufatura Humana transitarão para um procedimento entre servidores informáticos, robôs e outros periféricos tecnológicos é complexa por um fator único. A longevidade. A dificuldade articular entre as já várias gerações presentes (1/100 anos) em que o tempo médio de vida ultrapassa os 80 anos, “travando” a Natalidade com recurso ao surto migratório oriundo de outros Continentes.

Simplesmente, são as contradições da História que impulsionam o avanço dessa mesma História.

3- A questão da Demografia

A estagnação da concentração demográfica nos grandes centros Urbanos passa pela fixação das populações no seu reduto de freguesias em que a sua anexação foi um erro de palmatória pelo que se exige uma nova reforma administrativa contrariando a que foi feita pelo Senhor Relvas no Governo PSD/CDS.

Urge por isso a modernização administrativa em sintonia com as decisões votadas no último Congresso do Partido Socialista realizado na Batalha em que a delegação de competências nos Municípios pode ser um processo de solução a médio prazo evitando a Regionalização que não só não resolve os problemas de proximidade como os pode agravar por circunstâncias várias que não cabem nesta sucinta análise.

4- O combate às desigualdades

Um combate complexo face a um conjunto de interesses interativos e antagónicos que vivem da pobreza e que sem ele se sentem fortemente ameaçados.

Neste domínio a questão do poder é algo em que urge discutir e alterar se for o caso, a forma.

Não nos podemos refugiar em modelos que teimam em colocar em causa a sua própria organização.

As migrações são um flagelo internacional a que a Europa só dá guarida porque precisa de mão de obra não qualificada.

Temos assim uma batalha que visa:

  1. o equilíbrio social;
  2. a formação;
  3. a capacitação;
  4. a alteração da organização das sociedades;

Há, assim, fatores relevantes na orbita de um Estado, mas há uma conjuntura internacional complexa que exige aos Partidos Socialistas um olhar abrangente sobre a conjuntura mundial.

Nesse sentido aquilo que está a acontecer no plano internacional com influência direta na política nacional, a questão de fundo, quer se queira ou não, é uma questão ideológica.

Importa por isso, ao eleitorado, saber qual é o programa político do Partido Socialista e, em que pilares estruturais assenta sendo que:

  • A exploração do Homem pelo Homem não mudou só porque a máquina se colocou no meio produtivo e de serviços;
  • A justiça não sofreu alterações profundas só porque há liberdade de expressão e um maior número de meios informáticos;
  • A educação não sofreu alterações de fundo acompanhando as alterações sociais. A educação teve alguns percalços casuísticos, mas mantém a essência transitada;
  • As sociedades estão em mutação permanente e a sociedade Portuguesa não contraria esse ciclo.

Assim sendo, a maioria Parlamentar tem de ser clara e nunca de ocasião por conveniência sob pena da continuação do descrédito político publico.

O exemplo Português é hoje exemplo internacional mesmo num cenário de estratégias nacionais complexas como o são a Espanha.

A maioria absoluta é um objetivo legitimo aquilo que importa apurar é se uma maioria absoluta é benéfica aos modelos das políticas com substância subsequentes.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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