Sérgio Moro, o ex-juiz que foi o algoz do presidente Lula e reponsável por sua prisão, foi acionado por Jair Bolsonaro para pôr em prátca uma estratégia de novas perseguições e enfrentamentos contra o ex-presidente.
O Palácio do Planalto decidiu escalar Sérgio Moro, o ex-juiz que foi o algoz de Lula e responsável pela prisão do ex-presidente para pilotar a estratégia de enfrentamento e perseguição contra o líder das forças populares e progressstas brasileiras.
O ministro da Justiça do governo de extrema-direita está confrontando a decisão do STF de proibir a prisão após condenação em segunda instância e vai exercer pressão sobre o Congresso Nacional para reverter a decisão da Suprema Corte através de uma emenda à Constituição.
Reportagem do jornalista Gustavo Uribe na Folha de S.Paulo aponta que Bolsonaro acionou Moro para reagir a Lula e liderar as pressões políticas e legislativas contra a decisão do STF sobre prisão após condenação em segunda instância.
Desde a decisão do Supremo pelo veto à prisão em segunda instância na quinta-feira (7), com a consequente soltura de Lula na sexta (8), o tom dos ataques do governo Bolsonaro a Lula tem subido.
Essa escalada não deve parar, indica a reportagem. Bolsonaro sentiu o impacto das declarações de Lula depois que o líder petista saiu da prisão.
Em discurso perante uma multidão no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo no sábado (9) e declarações nas redes sociais, Lula criticou o governo, as politicas antipopulares de Bolsonaro e Paulo Guedes e avisou que vai à luta para defender os ingeresses do povo brasileiro.
Segundo a reportagem, Bolsonaro vai ampliar a resposta e seus ministros também. Moro então entra em cena com posicionamentos mais fortes e assumindo a posição de algoz de Lula e duro crítico da corrupção.
Essa atuação de Moro é de grande importância para o Planalto. Interlocutores de Bolsonaro avaliam que Moro teria mais legitimidade para mobilizar protestos contra Lula e agir contra a sua própria suspeição ao julgar e condenar Lula.
A suspeição de Moro será julgada pelo STF. A defesa do ex-presidente Lula questiona a imparcialidade de Moro na condução da Lava Jato. O caso deve ser julgado neste mês na Segunda Turma do Supremo. Esse julgamento, que pode anular a condenação do tríplex, tornaria Lula novamente elegível, o que representaria uma ameaça a Bolsonaro em 2022.
O governo de Bolsonaro teme que o STF decida pela suspeição de Moro. A mais alta corte do país está inconformada com os ataques que sofre do próprio ocupante do Palácio do Planalto. O decano do STF, Ministro Celso de Mello, declarou – a respeito de um vídeo em que Bolsonaro atacou os ministros do STF como hienas – que “o atrevimento presidencial parece não encontrar limites”.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado