O PSOE ganhou as eleições e anunciou um acordo para a Legislatura com o PODEMOS, o que não chega para a maioria absoluta embora essa equação e, concretização, seja possível.
O preço a pagar pelo povo de Espanha pelas opções políticas que empurraram a Espanha para a sua atual situação social, económica e política vai ser demasiado elevado.
O colapso político tem responsáveis que se sairão airosamente da alhada em que colocaram a Nação empurrando a culpa para terceiros.
A solução sempre esteve a vista desarmada. Simplesmente, tiveram mais barriga do que olhos e a situação borregou.
Agora, a instabilidade social está instalada. A extrema direita vai atacar em força e, a ala direita do PSOE vai fazer de conta que nem sequer foi tida nem achada.
Pedro Sanches arrisca neste processo o seu futuro político: ou cede e é engolido. Ou, então, bate o pé em Congresso Nacional e impõe-se como líder de uma organização política que é de esquerda desde a sua fundação pesem os desvios de percurso que fizeram sentido no tempo, mas que já não fazem qualquer sentido no presente.
O presente é exigente na partilha e na equidade.
A assim não ser, a Europa corre o risco de ver o seu ciclo de paz em perigo.
Sete décadas e meia depois a Europa ainda continua a sonhar.
Um sonho que perdura face a uma conjuntura favorável de equilíbrio internacional instável que a obriga a ser centro nevrálgico de todas as dinâmicas políticas cujas respostas os restantes continentes não estão preparados para dar.
Nesse sentido é um sinal de alarme o crescimento de uma consciência cultural de direita numa Continente que prima pela multicultural idade, interculturalidade e, intracultural.
Ora, os ideais da direita institucional foram sempre antagónicos a este primado, alicerçando inclusive o seu discurso populista numa lógica de que esse avanço cultural é perigoso para a continuidade do emprego, da saúde, da educação, da justiça, e demais conquistas do povo Europeu durante este período de tempo de paz de que tem desfrutado reunindo em torno de si parte da solução para a complexidade dos problemas sociais no mundo.
Seja nos processos de transformação como nos de consumo no quadro de toda a panóplia circulatória das pessoas e dos bens.
A Europa não é chauvinista. Já perdeu esse preconceito há muito tempo.
A Europa é hoje a tábua de salvação para uma quantidade relevante de países a colhendo os seus nacionais e apoiando os povos em dificuldade
extrema.
É esta Europa que periga ao inverter o ciclo crescente de regalias para um novo ciclo de retorno a assimetrias impensáveis há bem poucos anos atrás.
Ora, a Espanha enquanto espaço territorial com administração regional e, a autonomia a espreitar, numa Nação multidisciplinar, é o exemplo maior do caminho que a União Europeia pode e deve seguir: respeitar a identidade regional num contexto de identidade nacional envolvente de forma a construir uma efetiva identidade Europeia.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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