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João de Sousa

Sexta-feira, Dezembro 20, 2024

A mediocridade. A ignorância. As “elites”

As sociedades sempre tiveram lideranças onde as elites intelectuais se conseguiram demarcar da mediocridade e da mediania de umas outras “elites” dispersas onde a ignorância se disfarça por detrás de informação superficial.

Se uma tenta conseguir perceber como é possível ter-se chegado ao atual estado das coisas naquilo que concerne a assuntos de vital importância para o funcionamento regular das sociedades como o são: a inclusão; a mobilidade; as migrações; as alterações climáticas; entre outros.

A segunda anda numa roda viva em torno de semântica linear em que, quando não dormem sonham acordadas inflamadas pelo rocambolesco sentido das palavras soltas.

Ambas são o resultado geracional transitado acumulado no formato usual no tempo, temporal nuns casos e intemporal noutros casos, em que, o conhecimento de uma, não é compatível com a superficialidade de consulta transversal e pontual, consoante o interesse à informação de outra que não dispõe da faculdade cognitiva.

Informação essa transitada ao longo dos Séculos e que a partir de meados do Século IX passou a ser alojada em plataformas informáticas que interagem entre si articulando os dados nelas introduzidos fornecendo assim informação simples.

Assim sendo, uma elite não resulta do acaso e muito menos da circunstância, por se tratar de um pequeno conjunto de pessoas que se demarca pela sua caraterística individual de superioridade intelectual num determinado meio ou grupo, no domínio de um vasto leque de competências onde o saber suportado no  conhecimentos decanta capacidades interativas de liderança.

É nesta variável do comportamento em sociedade que a mediocridade dominante não permite espaço nem sequer liberdade democrática a movimentações que lhe tolham o trajeto impondo de forma orgânica, ou, como já vem sendo usual “inorgânica”, regras especificas a objetivos concretos.

Sendo que, a liderança tem primazia.

Dessa forma disfarça um sintoma indelével:

  • A memória;

A memória é seletiva, mas, para a conseguir exercitar e agilizar os seus neurónios o seu prolongamento assume dissonância contraditória na grande maioria das matérias superficialmente preenchidas com informação sem a cognição necessária o que acontece em maioria significativa do pouco espaço que ocupa relacionado com fatores de relevância superior na mediania social dando azo a que a mediocridade encontre espaço disponível para se movimentar.

No entanto, por necessidade temporal presente e futura, a memória vem abrindo o seu caudal nervoso central e respetivos prolongamentos da sua capacidade de armazenamento de informação imprescindível ao atual desempenho nas respostas a dar, o que augura configuração mental de gerações mais capazes e com soluções mais eficazes e simples. Tanto no engenho como na arte.

O problema reside assim na transição demasiado célere para a capacidade de armazenamento utilizada ao ponto de centrar no supérfluo a essência perdendo por completo o controlo das causas efeitos a jusante uma vez que não foram acauteladas a montante.

A atual transição geracional ocorre num tempo de profundas transformações nos hábitos usos e costumes que os atuais meios disponíveis facultam.

Por isso, para a atual geração em atividade de eixo central no tempo, o tempo presente é o de maior interesse ocasional relegando a informação transitada para patamar inferior o que a inibe de conseguir discernir entre o macro e o micro assunto.

Nesse sentido, os atuais temas nucleares sobre a mobilidade e a inclusão acabam por ser temas circulares circunscritos a círculos académicos de pesquisa dos efeitos. Um exercício o mais simples possível porque a sua interatividade relevante é omitida.

Não articulam as necessidades sociais específicas em interação com o meio e a condição de vida entre espaço temporal de estádios do desenvolvimento social passado, presente e futuro.

Nesse sentido, os atuais predomínios para as questões do foro social na comunidade académica aparecem em painéis de supostos especialistas só porque rebuscaram bases de dados de onde extraíram informações e compilaram gráficos para apresentação em eventos.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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