Os meus objectos (3)
Adoro tomar café. Pela bebida e pelo ritual. Posso fazê-lo em casa ou num café. Sozinho ou acompanhado. Mas é um momento único para saborear pausadamente.
Quantas vezes já dissemos a um amigo: vamos tomar um café? Provavelmente, milhares. Mas a bebida é apenas um pretexto para mais uma conversa, mais uns minutos (ou horas…) de partilha de ideias, de dúvidas, de emoções.
Depois, um café, espaço que existe em tantos sítios, é também um lugar especial. Pode ser o ponto de encontro. Pode ser o local para a leitura de jornais ou de livros. Pode ser o ponto de observação de quem passa. Pode ser o espaço para uma tertúlia. Pode ser o sítio onde, apenas, se está. Ou pode ser tudo isto ao mesmo tempo. E, quase sempre, na mesa rapidamente surge a chávena do café.
A bebida pode ter mil e uma configurações: curto, cheio, meia chávena, em chávena fria (ou escaldada), com ou sem açúcar, com ou sem leite, enfim…
Gosto tanto de café que até me habituei a prolongar o prazer com um descafeinado para evitar insónias.
Quando morrer, espero ir para um sítio onde continuem a servir-me um bom café. Haverá melhor maneira de começar um dia na eternidade?
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