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Terça-feira, Julho 16, 2024

Começa cair a máscara de Bolsonaro, aponta pesquisa

Marcos Aurélio Ruy, em São Paulo
Marcos Aurélio Ruy, em São Paulo
Jornalista, assessor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Pesquisa da XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (17) mostra desapontamento com os rumos do governo de Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento 39% avaliam o desempenho do presidente como ruim ou péssimo, mesmo índice de dezembro, enquanto a avaliação de ótimo/bom caiu de 35% em dezembro para 32% neste mês.

“A ficha das brasileiras e dos brasileiros começa a cair”, afirma Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Para ela, a esperança que “muita gente nutria nesse governo para a saída da crise, se desvaneceu com o desemprego e com a precariedade do trabalho”.

O que desabou para valer foi a expectativa para o restante do mandato. Em janeiro de 2019, 63% nutriam a esperança de um governo ótimo ou bom, agora 40% têm essa expectativa. O que dá uma quede de 23 pontos percentuais em apenas um ano.

Sobre a corrupção, tema que muito usado na campanha eleitoral para eleger o atual presidente, 32% acreditam que vai aumentar nos próximos seis meses, esse índice era de 29% em dezembro. Enquanto isso 32% preveem que continua como está e 30% pensam que vai diminuir. “Começa a cair a máscara desse governo que falou tanto em combate à corrupção e o que vemos é o crescimento das denúncias de corrupção, envolvendo inclusive a família do presidente”, diz Vânia.

Leia a versão completa da Pesquisa da XP/Ipesp

Cresce também a avaliação negativa da Presidência da República, que ficou em 59% neste mês, dez pontos percentuais a mais do que o índice de abril de 2019, que era de 49%. Além disso, 55% creem que o atrelamento do Brasil aos Estados Unidos, um dos temas basilares de Bolsonaro, é negativo para o país.

As brasileiras e brasileiros continuam não confiando nos partidos políticos, mas também despencou a confiança nas Forças Armadas, que está em 63%, era 70% em dezembro de 2018, 13 pontos percentuais a menos em pouquinho mais de um ano. O Congresso Nacional também viu crescer a sua avaliação negativa em um ponto percentual, 45% acham a atuação dos parlamentares ruim ou péssima, eram 44% em dezembro.

Vânia acredita que essa queda de confiança se deva “ao papel que as Forças Armadas estão se comprometendo ao agir com violência contra populações pobres no Rio de Janeiro e com as falas de militares que apoiam Bolsonaro, além de os militares terem privilégios na questão da Previdência”.

Em compensação cresce a confiança na Organização das Nações Unidas (ONU), tão atacada por Bolsonaro. Eram 50% que confiavam em dezembro de 2018 e neste mês passou para 53%. Para 54% da população, a violência e a criminalidade aumentaram nos últimos 12 meses.

Uma notícia interessante para o movimento sindical. A confiança nos sindicatos volta a crescer e 28% dos entrevistados disseram confiar, crescimento de cinco pontos percentuais em relação a abril de 2019, que eram 24% que confiavam.

De acordo com os organizadores foram realizadas 1.000 entrevistas em todo o território nacional nos dias 13, 14 e 15 de janeiro. A margem de erro está em 3%.


Texto em português do Brasil


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