Nuno Melo quebrou o tabu: não será candidato à liderança do CDS e declara apoio a Assunção Cristas.
O euro-deputado era considerado como um dos preferidos dos militantes do partido para suceder a Paulo Portas, mas veio agora afirmar que fica de fora. Até admitiu ter “vontade” de avançar, mas entende que a circunstância de ser euro-deputado aconselha a que não entre na corrida. Por um lado, porque quer cumprir o mandato até ao fim, mas, sobretudo porque, lembra, quando Ribeiro e Castro – que na altura também estava em Bruxelas – se candidatou ele próprio criticou essa decisão por considerar ser “inconveniente” que a liderança do partido fosse assumida por um euro-deputado, uma posição que continua a manter.
Isto porque, sendo a Assembleia da República o centro da vida política do país, a liderança deve ser exercida por um deputado (ou deputada) que possa, nos debates quinzenais, confrontar e debater directamente com o 1º ministro.
Se Assunção Cristas decidir avançar terá o seu apoio. Desde logo porque considera ter sido “uma excelente ministra” que é “reconhecida pelo seu trabalho e apreciada no país”. Inclusivamente, entende que tem boa imagem na comunicação social, pelo que conseguirá “um estado de graça de que eu dificilmente beneficiaria”.
Acresce a isso o facto de ser mulher que, só por si,“marcará uma diferença em relação à liderança de Paulo Portas que eu nunca conseguiria e o CDS precisa dessa diferença”. É que, o pior serviço que o próximo líder poderia prestar ao CDS ”seria repetir os gestos ou imitar o trajecto” do homem que agora sai.
Nuno Melo espera que a sua decisão de não se candidatar também venha a contribuir para que o CDS dê “um sinal de coesão, unidade e maturidade”, condição necessária para que o partido consiga “enfrentar todos os desafios próximos, que serão muitos e difíceis”.
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