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Domingo, Dezembro 22, 2024

Painel da Av. Infante Santo, Maria Keil

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

“Painel da Av. Infante Santo”, de Maria Keil. Foi grande amiga dos Neo-realistas e uma anti-fascista coerente. 

«Painel de azulejos policromos, com uma dinâmica geometrizante e plasticidade notáveis. Composição alusiva ao mar, com a representação de conchas e búzios, barcos e, em grande plano, a figura de um pescador com menino ao colo. O painel integra numa simbiose perfeita o muro e a escada que o atravessa diagonalmente. É considerada uma obra de referência na reintegração moderna do azulejo no meio urbano».

Encontra-se em Cascais, exposta no antigo quartel da Cidadela, uma mostra de trabalhos variados da artista, percorridos pela sua vida longa, em que se notabilizaria no âmbito da azulejaria.

Lisboa está valorizada, por todo o lado, pela obra de Maria Keil através, essencialmente, de azulejos de um abastracionismo geometrizante.

Foi grande amiga dos Neo-realistas e uma anti-fascista coerente. Viu um seu quadro ser aprisionado pela Pide em 1947.

Informação adicional

Artista: Maria Keil
Título: O mar
Material: Painel de azulejo
Criação: 1958-59
Local: Av. Infante Santos, Lisboa


Nota da Edição

Maria Keil 1914-2012

Maria Pires da Silva Keil do Amaral foi uma pintora e ilustradora portuguesa; pertence à segunda geração de pintores modernistas portugueses.

Maria Keil realizou uma obra vasta e diversificada que abarca a pintura, desenho e ilustração, azulejo, design gráfico e de mobiliário, tapeçaria, cenografia, etc. Destaca-se de modo particular a sua intensa actividade como ilustradora, bem como o papel crucial que desempenhou na renovação do azulejo contemporâneo em Portugal.

Entre as áreas a que se dedicou com maior continuidade há que destacar a ilustração. Multifacetada, Maria Keil escreveu e ilustrou livros para crianças e adultos, tendo publicações totalmente de sua autoria (texto e imagem) ou ilustrando obras de outros autores.

Outra vertente marcante da sua obra e onde mais se distinguiu foi o azulejo, em que começa a trabalhar no início da década de 1950. Maria Keil irá tornar-se numa das principais figuras da renovação moderna nessa área.

Em 2013 o Museu da Presidência da República organizou uma mostra retrospectiva cobrindo os múltiplos aspectos da sua obra. Tem uma biblioteca com o seu nome em Lisboa no Lumiar.

(Wikipédia)


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