A cantora Rita Guerra é a convidada deste ano do Concerto de Ano Novo da Banda da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, que vai ter lugar no próximo dia 23 de Janeiro, às 21h30, no Pavilhão Multiusos da cidade.
Logo na primeira edição, em 2012, o Concerto de Ano Novo foi um sucesso. Teve lugar no Teatro-Cine de Torres Vedras, com Anabela, e o espectáculo acabou por ter uma segunda sessão para corresponder ao grande número de público interessado em assistir.
Desde então, a Banda dos Bombeiros de Torres Vedras já organizou mais três edições, mas no Pavilhão Multiusos, um espaço maior, com capacidade para mais de duas mil pessoas. Em 2013 foi o “Tributo ao Festival da Canção”, com Rui Drumond, Vânia Fernandes e Fernando Tordo; depois em 2014 o “Tributo aos Queen”, com a banda One Vision e a Camerata Vocal de Torres Vedras; e, em 2015, o convidado para actuar com a banda foi Herman José.
Para o concerto deste ano a banda conta com a presença da cantora Rita Guerra. “Mais um momento memorável para todos os torrienses”, sublinha o maestro Rui Silva, que está já a preparar esse concerto, com a duração de uma hora e meia.
O espectáculo terá duas partes distintas. Na primeira será um repertório de banda sinfónica, com destaque para a interpretação da obra Marea Negra do espanhol Antón Alcalde Rodriguez, que venceu o segundo concurso galego de composição de 2009. Será a peça central da primeira parte do concerto, como explicou Rui Silva: “é uma sinfonia descritiva inspirada num dos grandes desastres ambientais na Galiza, o naufrágio do petroleiro Prestige, em 2002”.
A peça musical reproduz desde momentos dramáticos, violentos e de introspecção, até períodos solenes e de júbilo, que permitem por em evidência “todo o potencial instrumental de que a banda sinfónica dispõe”, explica o maestro Rui Silva, que avança também que o objectivo é fazer passar uma mensagem de esperança. Isto porque “o povo galego tem muitas afinidades connosco e teve que se unir para enfrentar uma situação dramática, o que representa uma mensagem positiva para o futuro: se dermos as mãos em torno de uma causa seremos capazes de vencer os desafios”.
A segunda parte do concerto contará com Rita Guerra, que vai interpretar algumas canções do seu repertório, acompanhada pela banda. Como confidenciou Rui Silva, “ela é um grande nome da música portuguesa e dispensa apresentações”, considerando que o espectáculo “vai proporcionar momentos que irão aquecer a alma e preencher o nosso espírito de paz como só a música consegue”.
Esta banda de música foi fundada em 1818 como Phylarmonica Torreense. Em 1926 passou a integrar a Associação de Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, até hoje. Na década de 1940 realizou concertos na Emissora Nacional. Mais recentemente, foi convidada a participar em festivais de bandas na Alemanha e em França e em 2014 ganhou o primeiro prémio no Certame Internacional de Bandas de Música Armónico, em Zamora, Espanha. Além da academia de música, com dezenas de alunos, a banda principal é composta por 65 músicos.
Para o concerto do dia 23, os bilhetes custam 10 euros e podem ser adquiridos no próprio dia no local do espectáculo. Para os associados da Associação de Bombeiros os bilhetes custam 7,5 euros (adquiridos na secretaria do quartel dos bombeiros). É gratuito para crianças até aos 6 anos.