A DECO – Associação de Defesa do Consumidor – alertou hoje para a prática de rastreios de saúde, teoricamente gratuitos, mas que terminam com vendas de valor elevado às vítimas do “esquema”. O alvo desta técnica, difundida via telefone, são pessoas com mais de 50 anos e problemas de saúde.
Tudo começa com uma chamada telefónica, que convida os consumidores a efectuar exames médicos gratuitos em locais insuspeitos, como os bombeiros ou uma colectividade local. Segundo a DECO, o rastreio, supostamente gratuito, é “uma armadilha” que visa levar as vítimas a adquirir produtos médicos dispendiosos.
“Os consumidores são influenciados a adquirir determinados produtos e/ou tratamentos de valor bastante elevado e, caso não disponham da quantia solicitada como sinal, são muitas vezes acompanhados pelo comercial a uma caixa Multibanco para efectuarem o levantamento do montante em causa”, avisa a DECO.
Empresas não cumprem prazos de resolução e reembolso
A Associação de Defesa do Consumidor acrescenta ainda que o esquema inclui uma táctica de vendas agressiva, que pressiona os consumidores a adquirir os produtos e serviços propostos, levando-os a “assinar um contrato de forma precipitada”.
A DECO está a alertar todos os consumidores para este tipo de práticas e informa que “estes contratos podem ser cancelados no prazo de 14 dias”, sublinhando que a vontade de cancelar o referido contrato tem de ser manifestada junto da entidade, através de carta registada com aviso de recepção.
No entanto, algumas das empresas que recorrem ao “esquema” não estão a cumprir o prazo de resolução e de reembolso previsto na lei, adverte a associação. A DECO anunciou ainda já ter denunciado estas práticas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), à Direcção Geral do Consumidor (DGC) e à Entidade Reguladora da Saúde (ERS).