Poema inédito de Alice Coelho
Lambe
Lambe a bainha enviesada de sorrisos
Entorpece nos braços nus e descrentes
Nasce no beijo com sabor a madrugada
Renasce dos momentos sós e precisos
Lambe a pele seca e ávida duma loucura
Os lábios carnudos e sequiosos de furor
A vida rubra alinhavada de tom vermelho
A vertigem tresloucada de sentir aventura
Lambe o frio que arrepia e morde o cheiro
E o calor que refresca o suor no chuveiro
Lambe
Desfalece
Desgasta
E viaja pela vidraça sem medo nem ameaça
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