Havia, quem sabe, se há tantos já a saberem de tudo e nada fica por saber a não ser a morte que tantos dos que sabem nada sabem de facto e morremos porque os que dizem saber não sabem como explicar que morrer é apenas e só isso, morrer…
Um soalho que saboreie as cores tépidas do vento, as esfinges coloridas do disfarce num ar de espantos enquanto observadores, um resto infinito nestas musas de escriba nas leituras fengias do saborear agnóstico da desventura, um romancista de crónicas diárias nesta falange parva e parda se me faço entender que importa, somos afinal tudo isso nelas como a parido desprovido de sonhos.
Burburinhos de bolhas assim, tão simplesmente porque sim e pronto, a gente ali a brumar de nada como quem observa cego um filme para ninguém, verdade e que importante ser assim, faz parte de ego descentrico do destino absorto dos predestinados ao fracasso e que fracasso?
Sermos tão simplesmente desventurados por natureza, seriamos certamente mais certos que a soma inventada dos tais mais dois e ali ficamos anos na aritmética desventurada para qualquer Pitágoras nascido num sangue renascido e enfim um dia qualquer descartes descobre o erro da soma e seguimos erros sucessivos para certamente acertarmos nunca! Que me dizes da soma se os números são eternamente errantes?
Aquela serenata leita lacta no epistémico asno de sons nas vozes caladas e quem sabe coladas à razão do futuro parado nas mãos do poder que tudo e tanto pode nada fazendo por mais merecendo na hora do voto o oráculo do adormecido em si, deitado pelos demais ansiosos e não só, como falava na antípoda a saudade morre sempre sem sono e nunca dorme por isso. Apetece-lhe dizer que dormir mata.
Havia, quem sabe, se há tantos já a saberem de tudo e nada fica por saber a não ser a morte que tantos dos que sabem nada sabem de facto e morremos porque os que dizem saber não sabem como explicar que morrer é apenas e só isso, morrer… tão simplesmente como o desabrochar de raivosas bruxas naquela caverna aos fundos de lisboa ocupada agora por um rio que era antes mar para matar basta…
Reticências como excêntricas silabas, silabas avulsas num bulhão da vida nesta cidade parida de tantos horrores e assim digo, medo de morrer? Tenho, sinceramente, afirmo-o agora e aqui perante o amor da minha que és tu lua, não me deixes morrer mesmo que morra, eterniza-me no amor que nunca ninguém teve por ninguém e quem o terá por mim?
Eterniza a minha morte no papel higiénico se for caso disso, nunca me sentirei morto, verdade, depois de morto serei apenas e só isso, morto.
Eterniza-me se poderes ou quiseres ou puderes, mas leva-me ao túmulo da cidade onde nasci, talvez ela, mesmo depois de anos tantos se recorde deste asno que nunca a esqueceu e morreu querendo nela ser eterno. Na terra.
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