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Sábado, Novembro 2, 2024

Sem rosto de José Eduardo dos Santos, BNA apresenta ao público nova família de Kwanza

“O kwanza está cada vez mais abaixo da lanterna vermelha na valorização cambial”

Mesmo rotulado “Kwanza Burro” o Banco Nacional de Angola (BNA) apresentou esta terça-feira em Luanda, em conferência de imprensa a nova família do Kwanza “série 2020”.  A moeda Nacional já leva a bandeira de uma desvalorização de 16,9 e 17,2 por cento, respectivamente, face ao Dólar e Euro, desde o início do ano.

O Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, mesmo não escrevendo nenhum livro, encontrou no “kwanza burro” a oportunidade de deixar eternamente as suas digitais, pela segunda vez assina o dinheiro do país.

A nova série 2020 tem como novidade, a esfinge estampada nas notas que traz apenas o rosto do Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, ao contrário da actual que inclui também a do Ex-chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

A família da moeda angolana, aprovadas pela Assembleia Nacional em Janeiro deste ano, com valor facial de 200, 500, 1000, 2000, 5000 e 10000 kwanzas, também foram ilustradas com as maravilhas naturais de Angola.

Fazem parta 200 figuras das províncias como; as Pedras Negras de Pungo a Ndongo (Malange), na de 500 a Fenda da Tundavala (Huíla), na de 1.000 a cordilheira do Planalto Central (Huambo), na de 2.000 a Serra da Leba (Huíla), na de 5.000 as ruínas da Catedral de São Salvador do Congo (Zaire) e na de 10.000 as Grutas do Zenzo (Uige).

O homem forte das digitais, José de Lima Massano, diz que as novas cédulas do Kwanza serão mais seguras, com características que dificultam a sua falsificação.

As notas terão substratos de polímero (plástico) que as tornarão mais resistentes e terão maior durabilidade do que as de papel, em circulação.

Com as actuais notas de papel, o Estado gasta 30 milhões de dólares americanos, para manutenção do Kwanza em circulação, de dois em dois anos.

A nova série do Kwanza terá o mesmo custo, mas a sua manutenção será feita a cada quatro anos.

Nesta operação de emissão de novas notas, segundo José de Lima Massano, o BNA previa gastar USD 30 milhões, igual valor utilizado para o saneamento (substituição) das notas em circulação no país.

A introdução da nova família de notas será progressiva, particularmente das que tem maior valor facial e serão apenas emitidas e colocadas em circulação quando as condições do desenvolvimento económico assim o aconselharem, esclareceu na altura.

O também antigo PCA de um dos maiores bancos comerciais (privado após sair do cargo de Governador do BNA), José de Lima Massano explica que em média são retirados da circulação e destruídos cerca de 300 milhões de notas, anualmente, cujos custos rondam os 15 mil milhões de kwanzas, cerca de 30 milhões de dólares em cada exercício económico.


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