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Sábado, Novembro 2, 2024

Canal do YouTube dispõe 400 filmes brasileiros e mostra traz tema socioambiental no cinema

Marcos Aurélio Ruy, em São Paulo
Marcos Aurélio Ruy, em São Paulo
Jornalista, assessor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Estamos em 2020 e o preconceito ainda prevalece sobre os filmes brasileiros. Há um sentimento arraigado de “viralatismo” forjado por uma forte campanha de empresas multinacionais contra a produção nacional com a complacência de parte da mídia tupiniquim.

Sem nenhuma explicação, o canal do YouTube Legacies of Brazilian Cinema aparece no YouTube inexistente desde a segunda-feira (17).


O canal do YouTube Legacies of Brazilian Cinema conta com mais de 400 obras da cinematografia nacional entre ficção, documentários e entrevistas. Uma ótima notícia num ano em que a Cinemateca Brasileira corre risco de fechar porque o desgoverno de Jair Bolsonaro quer destruir a cultura do país. E a pandemia do coronavírus exige que as pessoas fiquem em casa, se tiverem condições para isso.

Legacies of Brazilian Cinema

Acesse o canal do YouTube Legacies of Brazilian Cinema

O UOL bem que tentou descobrir quem está por trás dese projeto, mas não conseguiu. Teve apenas a resposta de que o canal foi criado para manter viva a memória do cinema nacional, afinal eles dispõem de títulos desde 1910 até 2020. É possível assistir ao filme mudo “Exemplo Regenerador” (1919), de José Medina (1894-1980).

Você pode encontrar clássicos do cinema brasileiro, um dos mais diversos do mundo. Além do preconceito arraigado, os cineastas enfrentam a falta de apoio e patrocínio para produzir obras que injetam cerca de R$ 19 bilhões na economia anualmente e geram mais de 100 mil empregos diretos, entre diretoras, diretores, atores, atrizes, pessoal técnico e distribuidores.

Totalmente de graça dá para assistir pelo Legacies, filmes como “O Ébrio” (1946), de Gilda Abreu; “Nem Sansão Nem Dalila” (1955), de Carlos Manga; “Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias; “O Caso dos Irmãos Naves” (1967), de Luiz Sérgio Person; “Hitler 3º Mundo” (1968), de José Agripino de Paula; “Matou a Família e Foi ao Cinema” (1969), de Júlio Bressane; “Aleluia, Gretchen” (1976), de Silvio Back; “Lúcio Flávio – o Passageiro da Agonia” (1977) de Hector Babenco; “Toda Nudez Será Castigada” (1976), de Arnaldo Jabor; “O Homem que Virou Suco” (1980), de João Batista de Andrade; “Cabra Marcado para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho; “Jango” (1984), de Silvio Tendler; “O Homem da Capa Preta” (1980), de Sergio Rezende; “A Marvarda Carne” (1985), de André Klotzel; “A Hora da Estrela” (1985), de Suzana Amaral; “Guerra do Brasil (1987), de Silvio Back; “Feliz Ano Velho” (1987), de Roberto Gervitz; “Terra para Rose” (1987), de Tetê Moraes; “Lamarca” (1994), de Sergio Rezende; “A Ostra e o Vento” (1997), de Walter Lima Jr.; “O Assalto ao Poder” (2002), de Eduardo Escorel; “Garotas do ABC” (2003), de Carlos Reichenbach e “Até o Fim” (2020), de Ary Rosa e Glenda Nicácio.

Há também muitas obras de Ruy Guerra, Leon Hirszman (1937-1987), Silvio Tendler, Cacá Diegues, Luiz Sérgio Person (1936-1976), Rogério Sganzerla (1946-2004), Júlio Bressane, Walter Hugo Khouri (1929-2003), José Mojica Marins, Zé do Caixão (1936-2020), entre outros grandes do cinema brasileiro.

Além de contar com um acervo volumoso e rico, o canal facilita a pesquisa. Você pode procurar por décadas, estilos, diretores, atores e até editores e diretores de fotografia. E ainda pode assistir ao filme de sua escolha livre de propagandas, basta ter acesso à internet.

 

Mostra Ecofalante de Cinema

Ainda dá tempo de assistir a 9ª Mostra Ecofalante de Cinema, que começou na quarta-feira (12) e termina na quinta-feira (20). A mostra conta com 98 títulos de 24 países, muitos inéditos no Brasil. De acordo com os organizadores esse é o maior “evento sul-americano dedicado a temática socioambiental com até onze sessões por dia. Tenha todos os detalhes e acompanhe a mostra pelo site do evento ecofalante.org.br.

“A Ecofalante é uma ONG que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade”, dizem os organizadores. Também produz “filmes, documentários e programas de televisão de caráter cultural, educativo e socioambiental”.

Em tempos de destruição da cultura e da natureza por gente sem compromisso com a vida, com os mais pobres, com o conhecimento e com o futuro, é primordial assistir a essa importante mostra de cinema voltada para a preservação na natureza, valorização da cultura e da vida.


Texto em português do Brasil


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