Maquiavel, Nicolau o seu nome, foi, de facto, uma vítima da detração do poder de então ajuizando esse, dessa forma, menorizar o personagem, o que conseguiu e ainda hoje perdura.
Volvidos meia dúzia de séculos sobre o eclodir do pensamento filosófico, distorcido por poderes ocultos associado a práticas desumanas, de Maquiavel, Nicolau o seu nome, um pensador que teve a ousadia de desnudar por completo o pensamento e as intenções das classes dominantes e os Órgãos de poder político: o Estado e o Governo, somos confrontados com um modelo específico de outras práticas que deixariam os detratores de Maquiavel, Nicolau o seu nome, completamente perplexos.
Maquiavel, Nicolau o seu nome, congeminou num conjunto de obras literárias identitárias do seu pensamento, as formas perceptíveis – adequadas aos tempos – em que, o comportamento difuso dos diversos agentes do poder se prestava, onde as atrocidades de então em que, o ato de infligir dor física era o método usado por determinadas forças que, viriam a acusar Maquiavel, Nicolau o seu nome, de ser possuído pelo diabo, para coagir as vítimas conseguindo das mesmas os fins pretendidos e, a necessária submissão.
Maquiavel, Nicolau o seu nome, foi, de facto, uma vítima da detração do poder de então ajuizando esse, dessa forma, menorizar o personagem, o que conseguiu e ainda hoje perdura. Porque, Nicolau Maquiavel, o filósofo, nada tem a ver com a diabolização a que foi associado e que, ainda hoje lhe envolve a figura.
E, se Maquiavel, Nicolau o seu nome, continua a ser vítima, mesmo com a mudança dos tempos em que mudaram as pessoas nas não mudaram os procedimentos, assistimos a um conjunto de refinados métodos devidamente articulado por organizações corporativas em que a coação sobre pessoa, individual e coletiva é prática, com uma previsão e precisão cirúrgicas que a diabolização de Maquiavel não consegue acompanhar.
O processo é simples. Basta ter o poder de influência que o corporativismo comporta: desde logo a imposição para o exercício, de obrigação contributiva. Esta alavanca financeira elenca representatividade setorial usada como força de pressão. Pressão essa exercida sobre o Estado em todas as suas valências sociais com especial incisão de influência sobre todas as suas células. Desde a família ao Parlamento de que o Governo é o Órgão executivo e, por isso, o alvo mais apetecível.
Maquiavel se cá viesse hoje engendraria uma engenharia legislativa que obrigasse a ressuscitar o movimento sindical com cotas obrigatórias para o exercício da profissão e acabaria com os movimentos corporativos reivindicando o pagamento voluntário das cotas para o exercício. Conseguiria assim reverter o modelo sádico capitalista em um modelo maquiavélico de pressão popular sobre os interesses financeiros a bem dos trabalhadores, das empresas e do poder político.
Nos tempos que correm, esta reversão do trajeto para o trajeto Constitucional de Abril, seria de facto, um exercício à Maquiavel contemporâneo.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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