Poemas de Ernesto Dabo
“Quando teu beijo aceito”
Queima o céu da minha boca
Um cometa ardente
Quando teu beijo desejo
Vou à galáxia extensa do sentir
À procura do templo carnudo
Onde servir sossego ao meu trovão redondo
Que nunca vontade de parar aceita
Cruzo tudo
Verto nada antes do depois
Quando chego e me entrego
Cor de amora se torna tom distinto
no encontro dos céus.
“Minha infinita prosa”
No fim das coisas
Tudo se ergue para me dizer
O todo que és
Desde começo
Desde grão à terra
Na ponta da chuva
Aqui
Na terra nossa
Escrevo nas folhas da noite
Todo o dia
Duma vida
De saudade sentida
De amor amado
De forma perdida
Por ti
Minha infinita prosa.
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