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João de Sousa

Terça-feira, Julho 16, 2024

O populismo é demagogo

Um modelo político que promova a proteção social tendo por base os descontos efetuados em dissonância com a pretensão populista em que se concedam apoios transversais sem ter essa métrica por suporte, é injusto para com o cidadão cumpridor  penalizado por carga fiscal acrescida, em benefício do cidadão que não cumpre e se refugia na economia paralela onde a fuga aos impostos é a prática comum, num exercício oportunista praticado por todos aqueles que o fazem e a quem o crime acaba por compensar.

Deixando revoltados todos aqueles que, sentindo-se injustiçados, tendencialmente são tentados em aderir aos grupos de protesto manipulados por forças políticas da extrema direita populistas o que não acontece tão só só por lhes conhecerem as reais intenções em que: como soe dizer-se; a “bota não bate com a perdugita’ ou então; “é pior a emenda do que o soneto”.

Uma emenda demasiado obscura na intenção mas demasiado clara no método.

O problema seria que, se todos os cidadãos, mormente os que trabalham por conta de outrem com vínculo laboral, tivessem também, as mesmas oportunidades para essa conduta, o modelo de organização do Estado correria sérios riscos de colapsar com um estrondo inimaginável precisamente na sua vertente estrutural de apoio social abrangente:

  • a equidade;
  • a solidariedade;
  • a justiça;
  • a educação;
  • a segurança;
  • a cultura;
  • as atividades económicas;
  • entre muitas outras valências em que o Estado é a sua pedra angular;

Sendo que;

Aquilo que desde logo seria colocado em causa para reversão de percurso do caos social resultante passaria por castrar:

  • o Estado de Direito;
  • a Liberdade;
  • a Democracia;

Ou seja, de uma assentada os interesses financeiros articulados em cartel por esse mundo afora conseguiram o seu objetivo primeiro:

  • parar o avanço das civilizações por inconveniência objetiva na justa medida em que, quanto mais culto um povo se torna, maior é o seu apego à liberdade e maior será a sua propensão para o conhecimento. Até porque,  as  transformações  das sociedades em sintonia com os avanços tecnológicos em suporte digital com modulação algorítmica finita, torna essas sociedades completamente autónomas em todas as valências efetivada para a vida.

A forma retrógrada de olhar para as pessoas como sendo meros peões para servir em todas as tarefas desde: a extração, transformação, armazenamento, distribuição e consumo, nos setores; primário, secundário, terciário e de serviços, a que o poder ancestral que detém a posse por via direta e indireta das matérias primas e controla os canais antes citados, sempre foi um estigma conservador de exercício de poder e por isso está em alerta permanente e mantém atenção redobrada nos focos da estagnação e, a reversão possível para os mesmos desejada.

Até porque, no atual estádio civilizacional, é surreal continuar a admitir este modelo cartelizado dos interesses financeiros na direta e convencional administração dos povos organizados em sociedades civilizadas e a escravização cultural das comunidades branqueada por crenças e credos sem História mas também  por mecenato difuso demasiado confuso para o contexto em que emerge onde dá com uma mão e tudo tira com a outra mão arrecadando sempre mais valias.

Convém no entanto estar atento aos ataques subtis do vírus mais antigo da nossa milenar existência como Estado que no atual contexto Histórico, após a Revolução de Abril, atenta contra a Constituição da República porque consagra direitos e deveres no quadro da Liberdade e da Democracia, na esteira das sombras de uma pandemia mundial – SARS COV 2-Covid 19 – de que se serve para destabilizar as sociedades lançando o caos em pilares estruturais bastante debilitados:

  • a organização social;
  • a organização económica;
  • o modelo político;

Em suma: os diversos estádios civilizacionais a que as populações chegaram com enfoque para os mais desenvolvidos na senda do futuro que augura a construção de um novo modelo de governação política assente na organização Social dos Estados mais desenvolvidos de forma a poderem dar respostas eficazes aos novos desafios em que as reservas naturais escasseiam e que por isso a sua distribuição tem de ser mais equilibrada e equitativa.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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