Poema de Ernesto Dabo
“Corpo”
Sem que o saiba
fiz-me novo neste corpo
que a cada passo se atrasa na fuga ao fim
As ideias não param de correr
mesmo sem vento à popa
Não é que fujam
Desesperadamente querem a constância activa do corpo
capaz de lhes oferecer vida e tempo
Algumas delas
realistas
preferem dar vida a uma memória livre do tempo
Poucas conseguem
Outras
são muito mais
são utopias
sem corpo.
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