Confiança no presidente – que era de 36% em fevereiro – caiu agora para 30%.
Dois a cada três brasileiros desaprovam a forma como o presidente Jair Bolsonaro governa o País, aponta a nova pesquisa Ipec, divulgada nesta quinta-feira (24). É o primeiro levantamento feito pelo instituto desde fevereiro – mês em que o Brasil iniciava a segunda onda da pandemia de Covid-19.
Conforme o levantamento, o modo bolsonarista de governar é rejeitado por 66% e aprovado por 30%. Há quatro meses, eram 58% de desaprovação e 38% de apoio. A diferença entre esses dois polos passou de 20 para 36 pontos percentuais, refletindo a indignação com a política genocida de Bolsonaro frente à pandemia.
Até 28 de fevereiro, passado um ano do início da crise sanitária no País, 255.018 brasileiros haviam morrido em decorrência do novo coronavírus. Em pouco menos de quatro meses, o número de vítimas dobrou. Nesta quinta, o Brasil chegou à marca de 509.282 mortes por Covid-19.
Não por acaso, a confiança no presidente – que era de 36% em fevereiro – caiu agora para 30%. Já o índice de brasileiros que não confiam em Bolsonaro foi de 61% para 68%. Havia uma distância de 25 pontos percentuais de um bloco a outro em fevereiro. Hoje, são 38 pontos.
A avaliação do governo como um todo foi igualmente afetada de um levantamento a outro. Em fevereiro, 28% dos brasileiros julgavam a gestão Bolsonaro como ótima ou boa, Hoje, são apenas 23%. Para 50%, o governo é ruim ou péssimo – o percentual estava em 39% quatro meses atrás.
Segundo a pesquisa, a rejeição ao governo é maior entre as mulheres (55%) do que entre os homens (44%); no Nordeste (52%) e no Sudeste (52%) do que no Norte (43%), no Centro-Oeste (43%) e no Sul (42%); e no eleitorado católico (50%) do que no evangélico (42%). Ainda assim, em qualquer segmento, a desaprovação à administração Bolsonaro supera o apoio em pelo menos 13 pontos percentuais.
O Ipec ouviu 2.002 eleitores, em 141 municípios brasileiros, de 17 a 21 de junho. A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
por André Cintra, Jornalista | Texto original em português do Brasil
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