Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
Repousam em mim
velhos Imbondeiros
comigo sentado
a beira de uma Oliveira.
II
Sou um Imbondeiro
e a lua é minha irmã
na selva do mundo.
III
“Missão”
Quero reunir
a raiva num punho
enquanto viver
e aplicar um punch
no tenebroso rosto
do monstro humano
que reside nela.
Está decidido!
IV
“Inventário de mim”
Fiz um novo inventário de mim mesmo
e encontrei um espelho
vazio de mim
e cheio de nada!
V
“Luabo”
Em Luabo
plantaram-se tumbas
no lugar de um paraíso açucarado.
VI
“Lua”
A lua
banha-me
a esperança adormecida!
VII
“Paciência”
Ominoso
cultivo a paciência de Cordeiro
ao escutar o uivo dos Lobos
enquanto bocejo de tédio.
VIII
Mulher é…
luz do poeta
fogo que arde e sente
candeeiro e chama
chamamento infinito.
IX
“País”
De mim me ausento
para me ausentar
do meu país!