O primeiro fim-de-semana da 43ª edição do Citemor é dominado pela dança, numa programação que começa em Coimbra.
Francisco Camacho reúne um grupo de profissionais em torno dos seus 50 anos, desafiando os cânones da dança ocidental aprisionada na ideia de juventude, pujança e superação físicas. VELHⒶ S, foi apresentada ontem, no Teatro Académico de Gil Vicente, pelas 20h.
No dia 23 de Julho, descemos a avenida e até ao Teatro da Cerca de São Bernardo onde Joana Von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão apresentam Fecundação e alívio neste chão irredutível onde com gozo me insurjo. Nas palavras dos criadores, a obra é “uma transgressão-agressão que torce os materiais, os refaz, recombina, implode, recontextualiza, exila, tortura e extasia”. O espectáculo terá inicio às 20h.
De volta a Montemor-o-Velho, naquela que será a primeira apresentação de 2021 na vila onde nasceu o festival, Sergi Fäustino – artista catalão com uma forte ligação ao Citemor – apresenta 30 Años de Éxitos. A obra, que beneficiou de uma residência de criação em Montemor-o-Velho, no ano passado, explora a trajectória artística e pessoal de Mercedes Recacha e Viviane Calvitti, duas bailarinas com mais de 30 anos de experiência e que colocaram o corpo no centro das suas vidas. Para assistir no Castelo de Montemor-o-Velho, pelas 22h30.
A decorrer até 7 de Agosto, o festival apresenta um conjunto de propostas artísticas muito diversas, implicando cruzamentos disciplinares que estimulam relações entre as artes performativas e a fotografia, o cinema, o vídeo, a música ou a literatura.