Depois de a China ter anunciado as primeiras experiências em humanos, cientistas britânicos podem também agora utilizar este procedimento.
Os trabalhos serão liderados pela Dra. Kathy Niakan no Francis Crick Institute de Londres. A cientista tem vindo a desenvolver estudos acerca do desenvolvimento humano e justifica a necessidade destas experiências: “gostaríamos de perceber quais os genes necessários para que um embrião se desenvolva de forma saudável”.
A técnica recorre à utilização de CRISPR, um mecanismo que usa uma gama de bactérias para mudança do DNA e que foi já utilizado em mutações de macacos e na prevenção do vírus VIH em humanos. O mesmo procedimento foi utilizado nas experiências chinesas, em 2015.
Os embriões utilizados pela equipa britânica serão doados e terão que estar nos primeiros sete dias da fertilização do óvulo. Após sete dias em experiências, os embriões serão destruídos pois ainda não é permitido que voltem a ser implantados no útero da mulher.
O tema é controverso e desperta questões éticas. Por esse motivo, as revistas científicas “Natura” e a “Science”, recusaram-se a publicar os primeiros relatórios do estudo realizado na China, em Abril do ano passado.
David King, director do Human Genetics Alert referiu à BBC que esta pesquisa será importante na medida em que ajudará a refinar as técnicas de modificação genética de embriões. “Este é o primeiro passo para um processo bem estruturado de bebés geneticamente modificados”, afirmou.