Não é pela via da afronta que se trabalha a empatia necessária para recuperar a confiança dos cidadãos eleitores.
Essa confiança, para ser efetiva no voto, necessita de acreditar:
- nos candidatos;
- nos seus projetos;
- nas soluções que apresentam;
- mas também na seriedade das organizações políticas que representam;
Como sabemos, a cidadania anda arredada das lides partidárias por comportamentos lesivos das suas necessidades e interesses, efetuados por agentes políticos partidários aquando do exercício de cargos públicos.
Assim como sabemos da conduta dos citados nas apressadas remodelações feitas:
- A gosto;
- Por conveniência;
- Por interesses não confessos;
Para cargos públicos da confiança política mas também para outros cargos onde a sua influência ou a influência de pessoas a si ligadas é determinante.
Mas também nas práticas associadas à gestão que levantam suspeição pública no uso das receitas cuja origem resulta de taxas, impostos, coimas, e outros, pagos pelo cidadão no quadro das suas obrigações legais sejam essas obrigações de ordem contributiva legal, judicial, ou outras. E, depois, os resultados efetivos do mandato conferido pelo voto.
Como é óbvio, ao cidadão comum, interessam as soluções que influem no seu dia a dia e, por consequência, na sua qualidade de vida como o são:
- A educação;
- A cultura;
- O emprego;
- A habitação;
- Os transportes;
- A estabilidade social;
- A segurança;
- O lazer;
- A infância e a velhice;
- Os equipamentos;
- As infraestruturas;
- Outros;
Todo este enumerar de algumas das prioridades tidas pela cidadania para a elevação da sua qualidade de vida tem de transversal a identificação ideológica do candidato uma vez que na génese estão as principais prioridades dos investimentos públicos que efetuará desde logo em duas valências determinantes:
- Do interesse público;
- Do interesse privado;
Na primeira solução as mais valias revertem a favor do Estado. Na segunda solução essas mais valias revertem a favor do interesse do investidor particular.
Daí que, consoante a orientação ideológica da força política dominante, as principais benfeitorias favorecerão sempre as classes sociais consigo identificadas.
No entanto, o cidadão eleitor, tem vindo a assistir à prostituição pública da identidade política dos seus agentes ao ponto de tudo prometerem para serem eleitos e, depois, nada terem feito daquilo que prometeram aos seus eleitores.
A cidade de Braga é um dos exemplos maiores dessas práticas nos últimos tempos. Acontece que não é única. E por isso o descrédito generalizado nos agentes políticos tem-se vindo a acentuar.
Importa por isso reverter todo este processo pela via da empatia credibilizadora dos agentes políticos em que o ato eleitoral assume relevância significativa por proporcionar ao cidadão eleitor a única possibilidade que tem de separar o trigo do joio.
Porque, se há agentes políticos que não são sérios, há muitos mais que estão na vida política porque se identificam com as comunidades de onde são originários e que também sentem na pele todas as contrariedades que uma má gestão Autárquica é capaz de provocar à cidadania.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90