Antes de iniciar este primeiro artigo de 2022, quero desejar a todas as pessoas um ano de muita luz para pôr fim ao obscurantismo e ao negacionismo que tanto mal estão fazendo ao país e ao mundo. Sei que 2002 será um ano de muita luta, mas com a nossa perseverança venceremos. Mais educação, mais saúde; 2022 será diferente.
Os versos da música dos Titãs “Tudo ao mesmo tempo agora” refletem a situação do país com o projeto ultraliberal e destruidor em marcha. Na educação, nem se fala. Com a volta às aulas presenciais ainda em meio à pandemia, um governo federal que tenta negar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, que tenta a todo custo frear a vacinação de todas as pessoas, sem se importar com o alto número de óbitos, totalmente evitáveis, vemos a saúde das brasileiras e dos brasileiros ameaçada constantemente.
Ainda mais com os cortes de investimentos em setores cruciais para o desenvolvimento de pesquisas e para a formação de mais médicos e pesquisadores com objetivo de alavancar projetos de saúde da família, totalmente abandonados por esse verdadeiro desgoverno.
Mas os cortes de verbas não se restringem à área da saúde pública, já profundamente afetada pelo descaso dos governantes, essencialmente de 2016 para cá. Outra área vital para o país está jogada ao léu porque o atual presidente desdenha da educação para submeter o país à ignorância e aos interesses do sistema financeiro internacional.
Mais uma vez se recusa a reajustar o Piso Salarial Nacional dos Professores, que permanece em R$ 2.886,24 desde 2019. Além disso, o Ministério da Educação age contra os profissionais da educação, em vez de lutar por seus direitos. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, o reajuste correto para o piso seria de 33,23%, com base na Lei 11.738/2008.
E não somente o governo federal pisa na bola contra a educação. O governador de São Paulo, João Dória faz de tudo para dificultar o pagamento do abono do Fundeb às professoras e professores do estado.
Além desse descaso, Dória também tenta forjar uma chamada “reestruturação” da carreira do magistério que é uma verdadeira destruição de qualquer possibilidade de carreira. Acena com um piso salarial de R$ 5 mil, desde que as trabalhadoras e trabalhadores da educação abram mão de importantes conquistas como a estabilidade no emprego para coibir o poder de assédio moral contra as professoras e professores, entre outras conquistas fundamentais para a vida desses profissionais.
Mais uma vez reafirmo, então, nenhum país pode avançar e seu povo melhorar de vida sem investimentos massivos em educação, afinal como diz Anísio Teixeira, “educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra”. Vamos viver plenamente, portanto.
Texto em português do Brasil