Que Bolsonaro não possui o dom da cordialidade já o mundo sabe.
Que se está borrifando para a pobreza que espalha no seu País através das medidas que as suas orientações políticas lhe ditam, também, como o atesta a mais ligeira verificação ao seu mandato em que a sua única e exclusiva preocupação política tem sido a de alimentar o ego, manter fiéis todos os seus seguidores e, ensombrar a democracia e os seus valores.
Que é alguém imbuído de uma mentalidade arcaica, é obvio.
Mas, que através da engenharia política chegaria a Presidente da República de um dos maiores e mais ricos países do Planeta em recursos naturais, mas, onde as desigualdades, entre a pobreza extrema e a concentração de riqueza financeira, são abissais, no Brasil, é coisa que não tinha passado pela lucidez coletiva civilizada universal.
Acontece que, pese a estupefação geral consciente, o homem – Jair Bolsonaro, de seu nome – ganhou as eleições presidenciais sem sequer se dar ao trabalho de fazer campanha de promoção da imagem porque outros se encarregaram de o fazer levando-o ao colo nas manchetes da imprensa escrita e comentários televisivos a pretexto da sua estadia num hospital local por, alegadamente, ter sido vítima de uma tentativa de homicídio perpetrada por alguém munido com uma arma branca e que o terá esfaqueado na zona do abdómem, creio.
Desde então, os Brasileiros e o mundo tem assistido:
- à devastação da Amazónia;
- ao trágico desenlace provocado pela COVID 19;
- ao empobrecimento generalizado do seu povo;
- ao recurso à emigração para sobrevivência;
- a tentativas de limitação dos direitos liberdades e garantias de oposição ao regime perpetradas pelo poder em exercício;
- ao aumento dos índices de criminalidade;
- ao desinvestimento publico em áreas do superior interesse da cidadania no Brasil como o são a justiça, a educação, a saúde publica, o transporte publico, a segurança das populações, entre muitos outros motivos que estão a empurrar as populações para fora do País de forma a suprirem necessidades básicas que passam literalmente ao lado da inexistente sensibilidade do Jair, Bolsonaro, Presidente do Brasil.
O Jair, Presidente do Brasil em exercício de cargo, entendeu não concretizar o convite feito ao Sr. Presidente da República Portuguesa em deslocação pelo ao seu País, para visitar as cidades do Rio de Janeiro para participar nas comemorações do centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, São Paulo onde marcou presença na Bienal do livro, e Brasília a convite do citado, tão só porque o Sr. Presidente da República Portuguesa entendeu por bem apresentar cumprimentos a outros anteriores Presidentes do Brasil convidando-os para encontros informais no quadro das formalidades que a diplomacia recomenda.
Nessa condição convidou o ex Presidente Lula da Silva que, sendo candidato à próxima eleição Presidencial no Brasil, não poderia ser tratado de forma marginal.
Assim não o entendeu o Jair e, por isso, ignorou a presença no seu País, de uma individualidade equiparada no cargo, mas com uma carga representativa na História do Brasil única.
Em suma; os povos irmãos do Brasil e de Portugal não merecem esta baixeza ética e moral de afronta desavergonhada. Mas, foi o que aconteceu.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90