A greve é a interrupção voluntária coletiva do exercício profissional de uma atividade remunerada por tempo previamente anunciado publicamente e que se executa ao abrigo da Carta Internacional dos Direitos Humanos; da Constituição da Republica; e outros mecanismos legais; para demonstração publica de descontentamento existente dos assalariados com as suas entidades patronais por motivo diverso sendo que, a exigência do aumento do salário auferido sempre foi e continua a ser a essência da luta pela manutenção, nuns casos, e de manutenção e melhoria das condições de vida, em regra, levada a cabo pelos trabalhadores por conta de outrem, ao longo dos séculos.
Estes episódios sociais obrigam o Estado à salvaguarda Constitucional da prestação pelos setores grevistas dos serviços mínimos de forma a garantir a salvaguarda possível dos direitos liberdades e garantias que todos os demais cidadãos de forma a que possam continuar as suas vidas com a normalidade possível.
A greve surge na envolvente do trabalho coletivo ao serviço de outrem.
Numa primeira fase a memória da contestação coletiva usando como arma o não exercício de atividade profissional de forma organizada aparece no domínio das explorações agrícolas no auge dos latifúndios e que se agudiza com a transição do exercício de trabalho agrícola para o trabalho nas fábricas, ja em plena revolução industrial, com formas de luta organizada levadas a cabo por grupos de trabalhadores organizados em torno de sindicatos setoriais para conseguirem uma maior mobilização com impacto social e politico conducentes à concretização das suas reivindicações.
Nesse sentido, e para uma maior abrangência nacional e internacional internacional convergiram esforços em federações e confederações no mundo.
Curiosamente a primeira greve com registo histórico aconteceu “no ano 29 do reinado de Ramsés III (1194 – 1163 a.C.), o último dos grandes faraós do Egipto, no dia 10 do segundo mês de péret e foi levada a cabo pelos trabalhadores de Deir el-Medina.”*
Outras se sucederam em períodos distintos da História sempre com o desígnio da libertação da exploração dos povos e por melhores condições de vida no trabalho com especial enfoque nos períodos da revolução agrária que implementou o feudalismo e a revolução industrial que criou mecanismos monopolistas de gestão da riqueza coletiva produzida pelos povos em beneficio de alguns e que agora se confrontam com a era das novas tecnologias que objetivamente visam a dispensa da mão de obra sem que os seus mentores se apercebam das contradições dantescas que ocorrerão baixando a procura por manifesta perda de rendimento e aumentando a oferta por falta da procura citada assim como a instabilidade social a que já estamos a começar a assistir.
O conhecimento entretanto adquirido sendo um bem não é um fim porque alimenta a mente mas, não enche a barriga; não evita a fome; não veste as pessoas; não trata as doenças; não garante habitação; não fornece energia; não trata da cultura; não garante futuro às crianças;
Em suma: não assegura continuidade à espécie nem à vida!
Daí que a grande greve geral ainda esteja por acontecer e as diversas classses sociais e profissionais se devam preparar para a sobrevivência ultrapassando a visão minimalista do salário em favor de uma visão macro em torno do controlo politico e social publico das reservas naturais; a sua transformação; a distribuição; para que consigam ter acesso ao consumo e, à vida!
Nota
*Wikipédia. Nova-Universidade de Lisboa
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90