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João de Sousa

Sexta-feira, Novembro 22, 2024

As vitimas dos radicalismos são as pessoas

A atual situação política e económica nacional e internacional assim como o esqueleto da organização social não são propícios a radicalismos mesmo em cenários possíveis de governação política ideologicamente formatada com esse ideário.

A Europa, com exceção da Alemanha, Espanha e Portugal, já são governadas por partidos do centro direita há alguns anos.

A Itália tem, em resultado do seu ultimo ato eleitoral, tem um Governo de extrema direita mas, mantem o necessário alinhamento político com a direita tradicional porque, neste momento histórico, não há lugar para grandes convulsões sociais e económicas.

O exemplo Ucraniano envolto numa guerra consequente de uma invasão com interesses monopolistas é a ponta de um iceberg naquilo que é a devastação de um povo pelo genocídio e a destruição total das condições de vida futuras das gerações vindouras,  e que pode vir a degenerar numa guerra nuclear, ao ponto de os dirigentes chineses, que nunca se pronunciaram sobre compromissos políticos, dizerem ser uma solução sem vencedores: porque todos sairão vencidos e a grande maioria, mortos.

Assim sendo, num futuro próximo, se os únicos governos do centro esquerda caírem, o centro direita, a meu ver, não segurará a extrema direita e o risco de um colapso social e económico será o resultado que, trará consequências nefastas já sentidas, mas,  agravadas pelo recrudescimento das movimentações populares nas maiores e mais civilizadas economias do mundo.

A inflação incontrolável torna o rendimento das famílias diminuto e empurra multidões para o desemprego; greves; manifestações; movimentos inorgânicos; e outros de índole reivindicativo.

O modelo capitalista atravessa a sua maior crise de sempre e as oligarquias acompanham essa mesma crise de uma forma diferente porque os seus modelos económicos do tipo monopolista entram em rota de colisão com os interesses da livre concorrência e que empurra a Humanidade para a sua necessidade de um estádio de quase escravatura que não interessa ao liberalismo económico – a nova imagem do capitalismo puro e duro –  onde a concorrência selvagem é a arquitetura afim de ambos os modelos conseguirem  impor a ordem social de forma a que as mais valias geradas lhes continuem a entrar nas contas bancárias.

uma solução inexequível por vários motivos: a densidade habitacional; o atual estádio civilizacional dos povos; a escassez de recursos naturais; o baixo consumo e as falências em cadeia associados; o caos! E, o caos, é coisa que não interessa às oligarquias na justa medida em que a existência dos próprios oligarcas fica colocada em causa.

Entretanto,  a França perspetiva um futuro politico e social complexo; a Espanha passará politicamente para o controlo do PP no próximo ato eleitoral; e Portugal só manterá o PS porque a alternativa não é eleitoralmente credível.

Israel caminha para uma guerra civil. Em França impera o caos nas ruas das grandes cidades. Os campos de refugiados crescem ao sabor da instabilidade nos seus países de origem,  e outros como o são as calamidades naturais que acontecem pelos “quatro cantos do mundo”.

Em suma, o mundo está demasiado perigoso para a Humanidade.

Os USA estão a atravessar uma crise sem precedentes em que a vulnerabilidade do dólar face a uma nova ordem económica em construção abala o seu sistema bancário em que as falências, a crise politica e social instaladas por Trump raiam a linha vermelha do confronto físico violento a que se juntam as crises dos interesses que afrontam a China mais os que tentam que a NATO se coloque a jeito para uma guerra mundial onde a fragilizada Europa pouco conta.

Os economistas da nova vaga trazem para a ribalta o peso do PIB comparável entre as grandes potências.

Esquecem que uma guerra se faz com as armas existentes e que a Ucrânia; a Síria; o Afeganistão; o Iraque; a Líbia; e outros; foram arrasados por essas mesmas armas. E que, por detrás das guerras as politicas são as dos empresários que fabricam e vendem essas mesmas armas e que controlam todos os movimentos financeiros inerentes à vida das pessoas.

E, esses, também não querem uma guerra nuclear porque tombarão como todos os outros terráqueos.

A questão central no destaque das individualidades referidas advém da situação em que a segunda guerra mundial deixou a Europa e o mundo.

Convém não esquecer que Mussolini e Hitler fizeram a sua iniciação politica em partidos de operários e tiveram sindicalistas nos seus Governos.

Daí que a social democracia tenha ganho relevância e se tenha destacado na justiça social.

No entanto, a História está em permanente mudança e os povos em permanente luta por melhores condições de vida.

Esta evidência histórica consubstancia a esperança e o sonho da construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária porque o Ser Humano não desiste de ser feliz.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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