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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Em São Paulo, a volta às aulas ocorre com os problemas de sempre

Francisca Rocha
Francisca Rocha
Professora Francisca é dirigente licenciada de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB

Todos os anos a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo festeja a volta às aulas, seja no início ou no meio do ano. Neste ano não é diferente. Pois nesta terça-feira (25), os 3,5 milhões de alunos e alunas do ensino oficial retornam às aulas nas 5,3 mil escolas do estado.

Porém, a Seduc nunca fala sobre os graves e persistentes problemas no ensino básico no estado mais rico da nação. O tempo passa e as salas de aula cada vez mais lotadas, os profissionais da educação cada vez mais cansados de tanta promessa sem nenhum resultado positivo.

Foram anos governados pelo PSDB e agora com Tarcísio de Freitas, do Republicanos, a coisa parece piorar onde imaginávamos ser impossível piorar. As escolas continuam sem a estrutura básica mínima para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

Falta material, faltam profissionais e os que estão trabalhando não dão conta de tudo o que uma escola precisa. As professoras e professores não têm o apoio devido. As condições de trabalho são insalubres porque fica tudo nas costas das professoras e professores. Isso sem falar nos baixos salários e nos mais de 100 mil profissionais ditos “temporários” – a Categoria O – sem direitos.

E o governo do estado realiza um concurso para somente 15 mil vagas, quando a demanda ultrapassa os 100 mil. Porque é importante termos professoras e professores concursados e, portanto, efetivos, com estabilidade e segurança no trabalho. E com condições de exercer a função com dignidade.

Nem as novas tecnologias são bem utilizadas em todo o processo e as trabalhadoras e trabalhadores da educação paulista não contam com os equipamentos necessários para aprimorar as suas aulas, menos ainda com equipe de apoio para o aprendizado sobre as tecnologias, tão importantes para o apoio às aulas no século 21.

Os problemas se avolumam com governantes sem compromisso com a educação pública e com propostas privatizantes e totalmente elitistas. A nossa luta, portanto, permanece cada dia mais contundente para São Paulo e o Brasil terem a educação pública que a população merece e precisa.


Texto em português do Brasil

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