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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Carlito Maia completaria 100 anos

Marina Bueno Cardoso
Marina Bueno Cardoso
Marina Bueno Cardoso é jornalista e escritora brasileira, de São Paulo. Publicou os livros de crônicas “Petit-Fours na Cracolândia”(Editora Patuá) e “Descansar do Mundo” (Editora Penalux). Durante cinco anos ministrou a oficina multimídia “Ler é Viver” para Educação de Jovens e Adultos” e para a ONG Instituto Prof., na comunidade de Paraisópolis. Também é responsável pelas oficinas de crônicas “Coisas da Vida” no SESC/SP do interior do estado e em São Paulo

Hoje, 19 de fevereiro, Carlito Maia completaria 100 anos. É dia de festa no céu. Este brilhante homem de comunicação, trabalhou 18 anos na Rede Globo, foi um dos fundadores do PT, entre as várias campanhas para o partido criou o Lulalá, OPTei e Sem medo de ser feliz. Tive o prazer enorme de conhecê-lo quando fui fazer seu perfil para o Dipo na Publicidade no anos 90. A partir de então passei a receber textos xerocados que iam de Bertrand Russel a Henfil passando por Otto Lara Rezende, e outros autores de todos os cantos, e junto um buquê de flores- textos estes que anônimos como eu e famosos recebiam. Foi ele quem me incentivou a escrever crônicas para o Jornal da Tarde, durante 1993 e 1995. Essa moçada que se acha antenada com redes sociais, mal sabem o quanto agitava Carlito Maia navegando em todas as praias, da política às artes plásticas, música, literatura, dramaturgia, na da ficava de fora e ele reconhecia os talentos e os promovia. Era o Sr. Cidadania. Muito antes de se falar em questões de gênero, etnia, Carlito sempre defendeu as minorias.

Para quem não o conheceu, recomendo o seu livro de crônicas “Vale o Escrito”, Editora Globo; o livro “Carlito Maia, A irreverência equilibrista”, de Erazê Martinho, da Boitempo Editorial e “O Clarão, O romance do amigo”, de Betty Milan, da Cultura Editores Associados. Tomo o Prólogo da Autobiografia de Bertrand Russel, que Carlito me enviou, para sintetizar a vida dele: “Três paixões, simples mas avassaladoras, me dominaram a vida: o desejo de amor, a busca do saber e a insuportável piedade pelo sofrimento humano”. Sem saber, Carlito tornou-se uma bússola na minha formação como cidadã, em busca de um norte de dignidade. VIVA CARLITO!!!


Texto em português do Brasil

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