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Quarta-feira, Dezembro 11, 2024

EUA, Alemanha, Reino Unido e outros países são coniventes

M. Azancot de Menezes
M. Azancot de Menezes
PhD em Educação / Universidade de Lisboa. Timor-Leste

Segundo a Amnistia Internacional, mês após mês, Israel tem tratado os palestinianos em Gaza como um grupo sub-humano indigno dos direitos humanos e da dignidade, demonstrando a sua intenção de os destruir fisicamente.

A Secretária-geral, Agnès Callamard, com base no Relatório da Amnistia Internacional de 2024, com 296 páginas, publicado este mês, considerou que o mesmo deve servir de alerta para a comunidade internacional, tendo alertado: “Isto é genocídio. Tem de acabar já!”

Efectivamente, a investigação da Amnistia Internacional encontrou bases suficientes para concluir que Israel cometeu e continua a cometer genocídio contra os palestinianos na Faixa de Gaza ocupada, detalhadamente explicadas no relatório, “é como se fossemos sub-humanos: o genocídio de Israel contra os palestinianos em Gaza”.

O relatório da Amnistia Internacional demonstra que Israel levou a cabo atos proibidos pela Convenção sobre o Genocídio, com a intenção específica de destruir os palestinianos em Gaza:

“Estes atos incluem assassinatos, causar lesões corporais ou mentais graves e infligir deliberadamente aos palestinianos em Gaza condições de vida calculadas para provocar a sua destruição física”.

(Amnistia Internacional, 2024)

Segundo a Amnistia Internacional os países que, neste momento, continuam a transferir armas para Israel devem ganhar consciência de que estão a violar a sua “obrigação de prevenir o genocídio e correm o risco de se tornarem cúmplices do genocídio”.

Esta organização reconhecida mundialmente como imparcial e justa denunciou no seu Relatório de 2024 que nos “últimos dois meses, a crise tornou-se particularmente aguda na província de Gaza Norte, onde uma população sitiada enfrenta a fome, a deslocação e a aniquilação, no meio de bombardeamentos implacáveis e de restrições sufocantes à ajuda humanitária que pode salvar vidas”.

A Amnistia Internacional alertou que “todos os Estados com influência sobre Israel, em especial os principais fornecedores de armas, como os EUA e a Alemanha, mas também mais Estados-Membros da UE, o Reino Unido e outros, devem agir agora para pôr termo imediato às atrocidades cometidas por Israel contra os palestinianos em Gaza” (Amnistia Internacional, 2024).

E, sem qualquer tipo de contemplações, a Amnistia Internacional referiu-se de forma clara e inequívoca aos “bombardeamentos implacáveis” das tropas israelitas:

“Nos últimos dois meses, a crise tornou-se particularmente aguda na província de Gaza Norte, onde uma população sitiada enfrenta a fome, a deslocação e a aniquilação, no meio de bombardeamentos implacáveis e de restrições sufocantes à ajuda humanitária que pode salvar vidas”.

(Amnistia Internacional, 2024)

A Secretária-geral da Amnistia Internacional referiu-se às evidências da investigação imparcial que realizaram mencionando que Israel está a cometer genocídio e tem plena consciência dos danos irreparáveis que estão a provocar junto dos palestinianos:

“A nossa investigação revela que, durante meses, Israel persistiu em cometer atos genocidas, plenamente consciente dos danos irreparáveis que estava a infligir aos palestinianos em Gaza. Continuou a fazê-lo, desafiando os inúmeros avisos sobre a situação humanitária catastrófica e as decisões juridicamente vinculativas do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que ordenava a Israel que tomasse medidas imediatas para permitir a prestação de assistência humanitária aos civis em Gaza”.

(Secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard)

 

Israel faz ataques e mata em hospitais

Para além das denúncias da insuspeita Amnistia Internacional, outras organizações, onde se inclui, a “If Americans Knew”, têm denunciado as atrocidades cometidas por Israel contra o povo da Palestina.

A If Americans Knew está sediada na Califórnia e tem um site com o principal objectivo de elucidar os americanos sobre a situação Israel / Palestina.

A organização de defesa dos direitos humanos tem denunciado que as forças israelitas cometem múltiplas atrocidades na Palestina, ilustrando as evidências com imagens e vídeos impressionantes, e referem que as tropas israelitas cometem “massacres, limpeza étnica em Gaza e até queimam crianças dormindo até à morte”.

Fonte: Mohammed Al (Dezembro, 2024)

A televisão Al Jazeera, em finais de Outubro, já tinha denunciado os vários bombardeamentos a prédios residenciais em Beit Lahiya (Gaza), matando muitas dezenas de civis, e também atingido várias casas pertencentes à família Al Louh, inclusivamente, as tropas sionistas realizaram ataques directos a hospitais, nomeadamente ao Hospital Kamal Adwan.

Portanto, perante a indiferença de quase todo o mundo, os ataques contra Gaza são periódicos, quase diários, maquiavélicos e sanguinários, com a finalidade única de assegurar a limpeza étnica e o genocídio para consolidar a ocupação e a anexação da Palestina.

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