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Terça-feira, Janeiro 21, 2025

Programa Mais Professores precisa avançar mais

Francisca Rocha
Francisca Rocha
Professora Francisca é dirigente licenciada de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB

O governo do presidente Lula deu mais um passo importante para a valorização da educação pública no país com a publicação do decreto presidencial (12.358/2025) que institui o Programa Mais Professores para o Brasil.

Sim, esse programa é importante para os 2.354.194 professoras e professores da educação básica no país, mas é preciso atacar a raiz do problema sobre o tema da falta de interesse na juventude nesta área. Justamente o que disse o ministro da Educação, Camilo Santana: “A ideia é estimular e incentivar que mais pessoas queiram ser professores”.

Interessante incentivar os estudantes com apoio financeiro para quem fizer licenciatura e dessa forma aumentar o interesse em abraçar a carreira docente, que atualmente conta é pouco atrativa com as péssimas condições de trabalho e salários minguantes.

Mas precisamos partir para a prática. É necessário olhar também para os profissionais que já atuam no magistério sem planos de carreira decentes, salários muito baixos, salas de aula superlotadas, escolas sem a estrutura necessária para o bom desenvolvimento do ensinar e aprender e ainda por cima gestões autoritárias, projetos de privatização das escolas públicas e total deterioração do respeito aos profissionais.

É muito importante debater os necessários avanços nesse programa com valorização do Piso Salarial Nacional dos Professores e também implementar o piso de todas e todos que trabalham na educação e investir nas melhorias fundamentais para termos uma estrutura adequada com gestões democráticas e tudo o que coíba o alto número de adoecimentos de professoras e professores, causados pela total precariedade na qual vivemos. Investir mais em educação para construir um futuro com mais dignidade.

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