O parlamento grego aprovou, este Sábado, uma lei que garante a cobertura de saúde a 2,5 milhões de pessoas, que estão actualmente excluídas do sistema de protecção social daquele país. A medida, inserida num “programa paralelo”, criado pelo Executivo de Tsipras para compensar a austeridade imposta pela troika, foi aprovada com os votos a favor do Syriza e dos Gregos Independentes, com a abstenção do PASOK, do KKE e do Potami, e com os votos contra da Nova Democracia, Aurora Dourada e União do Centro.
Esta nova lei, que esteve congelada nos últimos meses, por pressão da Comissão Europeia e do FMI, garante cuidados de saúde gratuitos aos desempregados, crianças, pessoas com deficiência e aos migrantes a viver no país.
Municípios vão reforçar oferta de emprego para desempregados
No âmbito deste “pacote” legislativo, o Estado grego vai ainda contratar novos médicos e conceder incentivos para que trabalhem em algumas ilhas e noutras zonas remotas da Grécia. Os responsáveis hospitalares passam também a ser designados por concurso público.
As medidas incluem ainda o reforço da oferta de emprego das entidades municipais para os desempregados, assim como a criação de centros comunitários e de formação profissional, alargando ainda as isenções de algumas taxas municipais.
Estas medidas visam compensar a destruição do Estado social de que o país foi alvo, devido às severas imposições da troika nos últimos anos.