A direcção do Diário Económico pediu à administração do jornal uma solução breve para o projecto, defendendo não estarem reunidas as condições para “continuar a assegurar produtos com a qualidade habitual”, revelou a Lusa.
Segundo o Jornal de Negócios, a administração admite pedir a insolvência da empresa, embora prometa pagar os vencimentos de Dezembro até final do corrente mês.
A TSF, por seu turno, adianta que a administração admitiu à Comissão Instaladora da Comissão de Trabalhadores a possibilidade de partir para a insolvência, face à ausência de uma resposta do comprador.
A comissão propôs que fossem apresentados cenários e respectivas implicações desta solução até Quinta-Feira de manhã.
Jornalistas com salários de Dezembro e Janeiro em atraso
Num comunicado publicado esta Terça-Feira, a “direcção editorial solicita à administração que encontre, no mais breve período de tempo, uma solução para o projecto editorial do Económico e para a direcção do mesmo”.
A direcção acrescenta que a redacção “não tem condições para continuar a assegurar produtos com a qualidade a que os leitores e telespectadores do Económico estão habituados”.
O comunicado acrescenta que “o Económico, nas diferentes plataformas – jornal, site e televisão -, tem enfrentado nos últimos meses sérios constrangimentos financeiros e operacionais”, em referência à existência de salários em atraso e à saída de profissionais, escreve a Lusa.
A TSF adianta ainda que o administrador Gonçalo Faria de Carvalho reiterou, no encontro desta Terça-Feira, à Comissão Instaladora da Comissão de Trabalhadores, “a intenção de pagar os ordenados relativos a Dezembro até ao final deste mês, apresentando nessa altura o plano para pagar os salários de Janeiro”.
Recorde-se que o banco Haitong está mandatado para vender o jornal, decorrendo um processo de negociações.
Em Janeiro passado, a administração do Diário Económico chegou a acordo com as Finanças para o levantamento de uma penhora sobre as receitas do jornal. A penhora foi implementada em Dezembro do ano passado e, de acordo com o Expresso, terá sido dada a marca do jornal como garantia para o seu levantamento.