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Domingo, Fevereiro 23, 2025

Dança contemporânea: a palavra a uma coreógrafa

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A propósito do Festival Cumplicidades, onde vários coreógrafos nacionais e internacionais mostram as suas mais recentes criações de dança contemporânea, até dia 19 de Março, em Lisboa, o TORNADO falou com Maurícia Neves, a responsável pela criação “We Will Use Smoke Machines”, exibida dias 5 e 6.

 

Pode descrever-nos de forma resumida o seu percurso artístico e profissional até agora?

O meu percurso artístico inicia-se em 2007, quando entro na Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo (EPAOE) – Chapitô. A partir daí, sempre procurei de maneira obsessiva cursos, projectos e workshops que complementassem a minha formação artística dentro de várias áreas (canto, dança, teatro e performance). Mais tarde, em 2012, entro na Escola Superior de Dança onde começo a dedicar-me mais ao corpo e à criação artística. Desde aí tenho apresentado as minhas criações em Lisboa, Torres Vedras, Almada, Serpa e Alemanha.

 

3Em que ideias se baseou para chamar ‘We Will Use Smoke Machines’ à sua obra, que apresentou no Festival Cumplicidades?

O título surgiu do rider técnico de outra peça . Uma das primeiras ideias da peça era trazer o material técnico para dentro do palco e que este estivesse mais à vista do que é usual. ‘WE WILL USE SMOKE MACHINES’ é um título escrito em maiúsculas por estar em tom de promessa política. É uma peça em constante processo. Portanto, estamos em constante construção e aprendizagem.

 

Como vê a resposta do público a festivais desta natureza?

A resposta do público parece-me bastante positiva.

 

Que retrato traça da dança contemporânea em Portugal, por exemplo, no que respeita às oportunidades de carreira para os bailarinos e coreógrafos, bem como à forma como a arte lusa neste âmbito é vista no estrangeiro?

As oportunidades em Portugal, como já todos sabem, são poucas em qualquer área. Eu tento, ao máximo, criar oportunidades para o meu trabalho ser mostrado e para colaborar com outros artistas. Nem sempre é fácil, mas é possível. Trabalho muitas vezes 12 horas por dia para que tudo seja possível; para já, neste momento da minha vida, vale a pena. Mais tarde, não sei.

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