Vários resorts situados na Costa do Marfim foram alvo de atacantes vinculados à organização terrorista Al-Qaeda, tendo causado 16 mortos.
De acordo com o El Mundo, quatro das vítimas mortais são estrangeiras, tendo sido identificado um francês. As estâncias situam-se em Grand Bassam, a cerca de 40 kms da capital costa-marfinense Abidjan, e popular entre turistas ocidentais por se situar frente ao golfo da Guiné.
Os atacantes, que chegaram de barco e abriram fogo contra os banhistas frente a dois hotéis, o L’Étoile du Sud e o Koral Beach, foram abatidos pelas forças especiais do exército costa-marfinense, com a ajuda de militares franceses estacionados naquela zona. O grupo que reivindicou o atentado designa-se Al-Morabitun (Os Sentinelas) e está vinculado à Al-Qaeda no Magreb islâmico.
A Costa do Marfim era considerada um exemplo de estabilidade política na região da África Ocidental, até eclodir uma guerra civil em 2002, que divide o norte de maioria muçulmana e o sul de maioria cristã.
Desde essa altura, os períodos de paz alternam com períodos de conflito.
O El Mundo cita fontes religiosas espanholas que trabalham no país, de acordo com as quais, a convivência entre muçulmanos e cristãos fora sempre pacífica, até vários imans radicais terem substituído os clérigos moderados, no norte do país.
São financiados pelo wahabismo, querem instaurar a sharia (lei islâmica) e tornar todo o país islâmico. Casos semelhantes estão a verificar-se em países como o Gana, Libéria e Benim.