Uma forte explosão ocorreu no bairro de Kizilay, na capital turca, Ankara, avançou a BBC. A edição online do jornal turco Hürriyet dá conta de 27 mortos e 75 feridos, e o número pode aumentar.
De acordo com cadeias de televisão locais, um carro armadilhado terá estado na origem da explosão, embora ainda não exista confirmação oficial. A explosão, adiantam testemunhas no local, aconteceu perto da principal estação de autocarros, próxima de vários edifícios governamentais. A área onde se deu o ataque está a ser evacuada para precaver um possível segundo ataque.
Este ataque, que ainda não foi reivindicado, acontece depois das autoridades norte-americanas terem avisado, num relatório tornado público a 11 de Março, que um atentado poderia acontecer na capital turca. Nesse comunicado, os EUA aconselham os seus cidadãos a evitarem a zona de Bahçeliever (perto de Ankara), a reverem os seus planos de segurança, e a seguirem as instruções das autoridades locais.
O jornal turco revela ainda que o país se prepara para adoptar um novo plano de segurança para a capital, conforme revelou o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu em finais de Fevereiro. O governante reconheceu que “cada província tem necessidades especiais de segurança” e revelou que a tecnologia vai ser a principal aposta nesse reforço de segurança, sobretudo, aparelhos electrónicos.
Esta é a terceira maior explosão na capital da Turquia desde Outubro de 2015, quando uma bomba atingiu uma manifestação pacífica perto da principal estação ferroviária de Ankara, matando 103 pessoas. Este atentado foi reivindicado pelo Daesh.
No mês passado, uma bomba também na capital turca atingiu instalações militares e matou 28 pessoas, atentado esse reivindicado pelos Falcões da Liberdade do Curdistão, um movimento curdo que alegou ter levado a cabo o ataque em retaliação às políticas anti-curdas do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.