Espanha vê hoje nascer primeiro banco municipal

O Ayuntamiento (Câmara Municipal) de La Roda de Andalucía, no sul de Espanha, abriu o primeiro banco municipal do país vizinho, com um capital inicial de 25 mil euros, noticiou o jornal Andaluces Diário. O banco vai atribuir créditos no montante máximo de 1500 euros, mas o seu objectivo é meramente o apoio social, deixando de lado metas financeiras e o lucro.

O banco municipal de La Roda de Andalucía, localidade governada por Fidel Romero, da Izquierda Unida, começa hoje a funcionar, com a entrega dos primeiros microcréditos. La Roda de Andalucía é uma pequena localidade sevilhana, com apenas 4200 habitantes, mas muitos problemas sociais. Cerca de 38 por cento do orçamento municipal é gasto em serviços sociais.

Créditos têm valor máximo de 1500 euros e não implicam juros

Esta inédita instituição bancária pública está aberta a donativos de empresas ou particulares e tem como público-alvo micro, Pequenas e Médias Empresas ou particulares que pretendam efectuar pequenas operações, como comprar mobiliário, renovar os sistemas informáticos, fazer pequenas obras, pagar facturas em atraso, entre outros.

Os créditos têm um montante mínimo de mil euros e máximo de 1500, tendo que ser devolvidos em prazos entre os 12 e os 18 meses, sem qualquer juro. Qualquer empresa ou particular que tenha devolvido o crédito nos moldes aprovados, pode voltar a pedir um novo crédito.

Fidel Romero, presidente do Ayuntamiento, disse àquele jornal andaluz pretender colocar “a banca pública ao serviço das pessoas”. O alcaide acrescentou ainda querer que “os créditos cheguem a quem gera emprego” e dizer às outras regiões do país que “é possível fazer projectos como este”.

O orçamento municipal de La Roda de Andalucía inclui também a concessão de apoios a estudantes universitários, num mínimo de 350 euros e um máximo de 650, assim como subsídios de mil euros para a realização de projectos de alunos do ensino superior. O município dispõe ainda de pequenos microcréditos de 350 euros para ajudar os estudantes a pagar despesas com luz, água e correios, entre outros.