A cineasta japonesa Naomi Kawase, escolhida para presidir ao júri do Cinefondation e às Curtas Metragens, dispensa apresentações do festival de Cannes.
Uma escolha saudada por Gilles Jacob, ex-Presidente do festival de Cannes, que considerou que “o seu talento minucioso soube difundir uma inteligência do cinema, uma arte subtil feita de poesia misteriosa e de uma graça da simplicidade através das grandes emoções da vida e dos pequenos gestos diários.”
Ainda o ano passado a secção Un Certain Regard abriu com o seu Sweet Red Bean Paste (An). Isto apesar da história de Kawase com o festival remontar a 1997, quando, aos 27 anos, foi a mais jovem realizadora a receber a Câmara de Ouro pelo filme Suzaku (Moe no Suzaku).
Regressaria anos depois para se tornar numa habitué na secção Oficial competitiva, com Shara, em 2003, Mogari no Mori, em 2007, vencedor do Prémio do Júri, Hanezu, em 2011, e A Quietude da Água, em 2014.
De recordar que miss Kawase foi membro da secção oficial, em 2013, presidida por Steven Spielberg.
A esta nomeação, a realizadora declarou que “os filmes enriquecem a vida, os seus universos abrem perspectivas”. “O cinema existe há pouco mais de 100 anos e o seu potencial não pára de crescer. É um meio excepcional para incarnar a diversidade cultural do mundo e cada história é uma vida paralela que encanta o público.
As curtas-metragens são exercícios particularmente difíceis pois, como transmitir uma história em tão pouco tempo? Paralelamente, oferecem uma miríade de possibilidades inéditas. Por entre os filmes de alunos que vamos ver, haverá a descoberta de pepitas e é isso que me torna impaciente por fazer parte deste júri. Vai ser uma bela aventura.”
