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João de Sousa

Domingo, Novembro 3, 2024

Povoações costeiras turcas também não querem migrantes deportados

refugiados

Várias centenas desembarcaram ontem no porto de Dikili, entre eles mais de 130 paquistaneses, 66 afegãos e alguns cidadãos do Bangladesh, mas as populações turcas estão revoltadas com os problemas que a situação pode trazer ao turismo naquelas localidades.

“Eu não quero aqui os refugiados, pois esta é uma cidade costeira muito bonita”, lamentou uma habitante ao Euronews. “Onde é que eles vão ficar e o que vai acontecer a seguir?”, indagou. “Estamos todos muito preocupados”, desabafou a mesma habitante.

Outros habitantes da mesma localidade sugeriram ao Euronews que os migrantes fossem colocados noutros locais, “talvez mais próximo da fronteira, para poderem voltar para o país deles”, defenderam.

 

Amnistia Internacional acusa Turquia de forçar sírios a regressar

A Amnistia Internacional denunciou, no passado dia 1 de Abril, alguns dos efeitos mais nefastos do acordo entre a União Europeia e a Turquia, acusando ainda as autoridades turcas de obrigarem os refugiados sírios a voltarem ao seu país, apesar da guerra civil em curso.

Estima-se que mais de um milhão de refugiados tenham atravessado o mar Egeu rumo à Europa em 2015, um fluxo que terá diminuído significativamente após a entrada em vigor do acordo turco-europeu, de acordo com dados das autoridades gregas.

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