Giancarlo Stopponi, representante da organização, afirma que “à medida que o conflito prossegue, precisamos de chegar urgentemente a estas pessoas”. “Apelamos a todas as partes em conflito para que facilitem a ajuda humanitária para quem precise de ajuda, em todo o país”, frisou.
O World Food Programme quer chegar a 270 mil pessoas com ajuda alimentar mensal até ao fim do primeiro semestre deste ano. Desde Novembro de 2014, este programa das Nações Unidas já distribuiu ajuda alimentar de emergência a mais de meio milhão de pessoas, incluindo 370 mil que receberam cestos de alimentos mensais e 180 mil que receberam ajuda através de transferências de dinheiro em áreas onde mercados ainda estão a funcionar.
Os mais ameaçados pela fome são os ucranianos que vivem em Luhansk, área que o governo não controla: mais de metade da população viu os seus rendimentos diminuírem ou desaparecerem.
Recorde-se que em fins de Março se assinalaram dois anos sobre a polémica anexação da Crimeia ao território russo, após um referendo regional feito à revelia do governo ucraniano sediado em Kiev. Apesar das críticas da União Europeia a esta anexação que é considerada ilegal, e das sanções internacionais aplicadas ao país na sequência dessa anexação, a Rússia mantém-se intransigente. Uma reportagem da Euronews mostrava as opiniões divididas: enquanto que alguns habitantes diziam estar satisfeitos, outros confessavam existirem muitos problemas.