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Sábado, Novembro 2, 2024

Cavaco já tinha pensado num Governo de esquerda

Cavaco SilvaPresidente da República reafirmou este sábado que já tinha estudado todos os cenários, como o que está a acontecer, e salienta que tem “forte esperança” que “superiores interesses” de Portugal prevaleçam.

De visita ao Algarve, para assistir ao 9.º Torneio de golfe “Portugal Solidário”, em Albufeira, Cavaco Silva dirigiu-se mais uma vez ao país e aos partidos com representação parlamentar, mas desta vez através da comunicação social. A decisão de quem vai ser convidado a formar Governo só cabe ao Presidente da República, mas antes de receber os partidos na próxima semana, o Chefe de Estado lançou um apelo: “Ainda tenho forte esperança de que os superiores interesses de Portugal não deixarão de estar presentes nas mentes de todos os nossos agentes políticos”.

Com esta declaração, Cavaco Silva relembra que quer um Governo estável, que garanta a governabilidade nos próximos quatro anos e, se possível, com um entendimento entre a coligação Portugal à Frente (PàF) e o Partido Socialista (PS). Mas as negociações entre socialistas e os partidos de centro-direita, que venceram as eleições, estão difíceis com acusações de ambas as partes.

O Presidente da República reafirmou que já tinha pensado em todos os cenários políticos pós-eleitorais e não está surpreendido com as negociações que estão a decorrer entre os partidos com assento parlamentar. “Nós tínhamos estudado todos os cenários. Também este que está a acontecer; por isso, não estamos assim tão surpreendidos na medida em que tínhamos imaginado todas as possibilidades. Estamos a seguir mais ou menos os passos que tinham ficado delineados caso esta hipótese se desenhasse”.

O Chefe de Estado não quer um Governo de gestão até Abril e o mais certo é que irá nomear um Executivo, mesmo sem que o PS viabilize uma solução. Executivo esse, que prefere não dizer qual o ideal já que “podia estar a dar a entender aquilo que pode vir a acontecer”.

Na segunda-feira, Cavaco Silva irá receber no Palácio de Belém Pedro Passos Coelho, a quem tinha encarregado de efectuar as diligências necessárias para uma “solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país”, tendo em conta os resultados das eleições legislativas de 4 de Outubro.

Na terça-feira começa a ronda de encontros com os partidos eleitos para a Assembleia da República, começando com o PSD, seguindo-se o PS, o BE e o CDS. Na quarta-feira é a vez de receber o PCP, o Partido Ecologista “Os verdes” e, por último, o PAN.

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