Uma das curiosidades da votação foi o facto de os deputados do maior partido da oposição – o Nova Democracia – terem abandonado o hemiciclo na altura da votação.
A lei acabou por ser aprovada pela maioria no poder, constituída pelo Syriza e pelos Gregos Independentes.
Refira-se que a nova lei vem proibir expressamente os políticos de deterem participações em empresas com sedes em “paraísos fiscais não cooperantes”, revogando uma anterior legislação, de 2010, que impedia, de forma genérica, os políticos de participarem em empresas no estrangeiro, mas que não tinha, até hoje, produzido nenhuma condenação.
Direita acusa lei de ser “excessiva”
O partido da Nova Democracia tem visto, frequentemente, nomes de antigos titulares associados a escândalos financeiros com off-shores e decidiu abandonar a sala no momento da votação da lei.
Com esta aprovação, os políticos na Grécia deixam de poder deter capital em off-shores ou participar em administrações de empresas com sede em qualquer país fora da Grécia.
O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, justificou a lei desta forma: “Fazemo-lo de forma taxativa e alguns podem considerar a lei excessiva. Mas só de forma excessiva se pode responder ao lançamento de lama e à ordinarice”, adiantou, após alguns dias em que a direita tentou acusar o governo de proteger políticos com ligações a off-shores.