Uma informação publicada pela jornalista Natuza Nery, ontem, Sábado, chocou o Brasil. A editora da coluna Painel informou que o presidente interino, após decidir controlar as visitas ao Palácio do Alvorada e limitar os voos da presidente eleita Dilma Rousseff, decidiu, contrariando a decisão recente do Senado Federal, que definiu as prerrogativas da presidente afastada, cortar também a verba para alimentação da presidente e dos funcionários dessa estrutura.
A notícia provocou indignação e revolta. “Isso se chama mesquinharia, ruindade, canalhice. Enquanto Temer se arrastou na obscuridade da vida política, estes traços eram desconhecidos. Bastou, aos 75 anos, chegar ao poder, ainda que pelas portas dos fundos, para que seu carácter se revelasse na imensidão do abismo moral”, disse Paulo Nogueira, editor do DCM.
O editor da Revista Fórum, Renato Rovai afirmou que “a decisão de Temer gerou manifestações de solidariedade até de líderes internacionais; a informação de que Dilma vem sendo tratada dessa forma pelo presidente interino Michel Temer causou revolta em alguns chefes de Estado. E a presidenta teria recebido telefonemas de solidariedade e ofertas para enfrentar esse boicote”.
E Fernando Brito, do Tijolaço, sugeriu que a “mesquinharia de Temer” seria sinal do medo face a uma eventual reversão do processo de impeachment: “Em lugar de parecer um homem que, muito contrariadamente, dado o impedimento de Dilma, está assumindo a Presidência de maneira serena e preocupado com o país (esqueceu-se de Itamar, Temer?), está consolidando o convencimento de que traiu, conspirou, derrubou e quer, agora, executar Dilma Rousseff”.
“Temer, que ainda não colocou os pés na rua, parece incomodado com o carinho que vem sendo dado a Dilma em suas viagens.
Sem pão… só água Dilma Rousseff e auxiliares ficaram os últimos dias sem dinheiro para comprar comida para o Alvorada. O chamado “cartão de suprimento” foi cortado pela equipe de Temer na quarta (1º). Os recursos garantiam o abastecimento da despensa da presidente afastada e custeavam a manutenção do palácio.
Procurada, a Secretaria de Governo reconheceu a suspensão, mas informou que se trata de uma “interrupção provisória” até receber parecer jurídico sobre os direitos de Dilma.” escreve o 247.
Notas de Natuza Nery, na crónica referida acima:
“Habemus bocas O Planalto informou na noite de sexta que Dilma já estava liberada para compras. Além dela, circulam no Alvorada cerca de 30 pessoas, entre servidores do gabinete e funcionários que fazem a manutenção da residência oficial.
É o fim Segundo assessores, Dilma ficou furibunda com o corte do “cartão alimentação” e criticou a equipe de Temer pela “mesquinharia”.”