Diz-se que está em confronto aceso, no Brasil, a luta de classes. De um lado a direita e do outro lado a esquerda.
Tenho muitas dúvidas que a nação brasileira se possa dar a esse luxo.
A luta entre opressores e oprimidos, entre patrões e proletários, é cenário de países “civilizados” segundo o entendimento burguês oriundo de uma concepção europeia.
Ora, no Brasil é diferente. Esse avanço civilizacional entre a identificação da exploração capitalista está arredio, no imediato, à compreensão e às necessidades do povo.
No imenso país americano, possuidor de riquezas sem fim, o cerne de toda a problemática social é, APENAS, entre ladrão e gente honrada. Não está em causa a abordagem objectiva da transformação de alguma coisa.
O que se questiona nos doutos areópagos mundiais do capitalismo e nas eruditas reflexões marxistas da passagem do capitalismo para o Socialismo, é se o Brasil consegue sobreviver sem ter a sua principal institucionalização regimental, no âmbito da corrupção total. Poderá o brasileiro bonitinho intuir a necessidade de ser um cidadão honrado?
Esta é uma questão dilacerante que envolve a unidade idiossincrática de um país a fingir.