Num “derby” de ambiente muito quente, o Sporting deitou três blocos de gelo na fervura dando um banho gelado ao rival na casa deste. Aos 36 minutos, o curto-circuito foi mesmo total: Bryan Ruiz aproveitou mais um erro da defesa encarnada e apagou a Luz por completo.
Antes, aos 10 e 21 minutos, já Teo Gutierrez e Slimani tinham colocado o “placard” num patamar improvável para um “derby” e para a realidade do jogo. O Benfica até parecia dominar com mais posse de bola, mas em três ocasiões que os leões atravessaram a “fronteira” para o campo contrário causaram danos, com tiros certeiros.
Com ainda meio-tempo para jogar impunha-se que o Benfica tudo fizesse para chegar a uma improvável revira-volta. Tentaram é verdade chegar ao golo, mas fizeram-no de forma insipiente, com falta de ligação entre os sectores, em transições muito dependentes de Gaitan, que esteve longe do seu melhor. Os benfiquistas até se podem queixar de uma grande penalidade por marcar aos 6 minutos, ainda com o marcador em branco, mas devem estar seriamente preocupados com a produção futebolística da equipa. Mas hoje até tiveram um comportamento raro no futebol português: a perderem 0-3 com o velho rival durante largos minutos fizeram-se ouvir alto no apoio à equipa
Jorge Jesus que, como adversário, nunca tinha ganho na Luz, mereceu o sucesso, com uma teia táctica que arrasou o Benfica, E fez história: Há 56 anos que o Benfica não sofria 3 golos na primeira parte…