“Nunca, jamais, percam o vosso sentido de indignação”. O apelo é de Bernie Sanders, feito num comício em Town Hall, cidade de Nova York na passada quinta-feira.
O senador do Vermont reforça a sua defesa de políticas mais progressistas, apesar de ter concordado, numa entrevista recente, que “não parecia” que fosse escolhido pelo Partido Democrata para concorrer à Casa Branca.
“Os dias eleitorais vão e vêm, mas o que é muito mais importante é que a revolução política e social continue”, insistiu.
Absteve-se de mencionar a sua rival, Hillary Clinton, pelo nome, mas prometeu fazer tudo ao seu alcance para impedir Donald Trump de chegar à Casa Branca: “mesmo que eu tenha de correr pelo país todo para o fazer. Temos de trabalhar, de forma incansável, para nos assegurarmos que Trump não será presidente – mas isso não é o suficiente”.
O veterano senador insistiu no argumento da transformação social dos EUA.
O jornal The Guardian relata que o discurso de Sanders foi repetidamente interrompido pelas palmas dos apoiantes, que gritavam o seu nome também várias vezes. Quando o senador do Vermont confessou ter ficado comovido pelo grande número de doações de famílias com recursos limitados, uma cidadã presente gritou-lhe: “é porque gostamos de ti!”. O político respondeu: “Não! Não! Não! Isto não é sobre mim, é sobre nós!”, tendo sido aplaudido logo de seguida.
O senador revelou ainda que a plataforma que sair da convenção do Partido Democrata “será, de longe, a mais progressista plataforma na história do partido”.
Entretanto, um dia depois, na manhã de 6ª-feira, questionado no programa da emissora MSNBC se votaria em Hillary, Bernie Sanders respondeu “sim”.